Tijolo ecológico criado em escola estadual é o representante do Centro-Oeste em prêmio nacional

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Um tijolo ecológico produzido a partir da mistura de três elementos inusitados garantiu ao Colégio Estadual Dom Veloso, de Itumbiara, lugar entre os 10 selecionados para a etapa final do prêmio Respostas para o Amanhã. A instituição de ensino é a única representante da região Centro-Oeste na edição 2019 do prêmio.

]O projeto que rendeu visibilidade nacional ao colégio utiliza restos de construção, cinza de cana-de-açúcar e garrafas pet para confeccionar tijolos ecologicamente corretos e de alta durabilidade. “São muitos trabalhos e de todas as regiões, e saber que o nosso está entre os 10 finalistas é uma alegria inexplicável”, diz a professora Ayanda Ferreira Nascimento Lima, que está à frente da iniciativa.

Formada em Biologia e cursando o doutorado em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde, Ayanda conta que a ideia surgiu para resolver um problema criado a partir de uma reforma feita no colégio. “As obras geraram uma caçamba inteira de resíduos e nós não queríamos que os entulhos fossem descartados no lixão da cidade”, afirma ela.

 

Garrafas pet

O projeto, intitulado “Engenharia Sustentável: Uso de Resíduos na Fabricação de Tijolos Ecológicos”, foi desenvolvido com a participação de 15 alunos do 2º ano A do Ensino Médio. A professora explica que a partir de pesquisas sobre materiais utilizados na composição dos tijolos, eles descobriram que era possível substituir o cimento por cinza de cana-de-açúcar.

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“Acrescida de resíduos de garrafas pet, essa mistura tornava os tijolos ainda mais resistentes. A inovação do nosso projeto foi a associação destes três elementos”, destaca Ayanda. Para testar a resistência do produto, segundo ela, foram realizados dois testes com prensa hidráulica no laboratório de construção civil de uma instituição de ensino superior de Itumbiara. O laudo técnico foi assinado pelo coordenador do curso de Engenharia Civil, Alessandro Oliveira da Silva.

O projeto desenvolvido no colégio estadual de Itumbiara é interdisciplinar e incluiu outras disciplinas. “Na parte de reaproveitamento de resíduos e dos prejuízos ao meio ambiente, tivemos conhecimentos de Biologia. Já o professor de Física, Adriano Rodrigues Teixeira, nos auxiliou nos testes de compressão e absorção de água. E a colaboração da professora de Matemática, Maria Terezinha do Carmo Martins, também foi fundamental, já que para fazer o teste de compressão era preciso medir a área da superfície dos tijolos. Tivemos ainda a participação da professora de Apoio, Joana Cândida da Silva Ferreira, que acompanhou um aluno da turma diagnosticado com síndrome de down”, comenta Ayanda.

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Respostas para o futuro

O tijolo ecológico da rede pública estadual já rendeu prêmios à instituição. Na primeira etapa da seleção, o professor-orientador e dois professores parceiros foram premiados com um tablet. Agora a torcida de todos agora é para que o projeto seja selecionado como uma das três melhores experiências da fase final, garantindo ao colégio uma televisão 55’ e um notebook.

O projeto do Dom Veloso está concorrendo com escolas públicas de cidades do Ceará, Piauí, Roraima, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Amazonas. Enquanto aguardam o resultado, alunos e professores do colégio estadual estão focados em outro objetivo: arrecadar recursos para levar o projeto à Feira Ciência Jovem, que será realizada no mês de novembro em Pernambuco.

Em sua sexta edição, o prêmio Respostas para o Amanhã já registrou 18 mil projetos e 153 mil estudantes inscritos. O prêmio tem como proposta estimular e reconhecer projetos de investigação e experimentação científica e tecnológica realizados por estudantes do Ensino Médio da rede pública, que venham a apresentar soluções para os problemas enfrentados pela sociedade.

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CIDADES

Em Goiás, jogador de 14 anos morre após passar mal enquanto jogava bola com amigos

Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família.

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Ezequiel Sena Neres, o Zequinha tinha 14 anos. Fotos: Redes Sociais

Um jogador de futebol identificado como Ezequiel Sena Neres, o Zequinha de 14 anos, morreu após passar mal enquanto jogava bola com amigos, em Goiânia. Ele treinava profissionalmente e chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu, informou o pai do adolescente Dione Neres.

O caso aconteceu no último sábado (8), em um condomínio próximo da saída para Senador Canedo. Conforme Dione, o seu filho estava jogando com amigos da igreja que frequenta, quando passou mal. O pai contou que rapidamente levou o filho até um hospital pediátrico, onde foi atendido.

“Ele chegou bem fraco no hospital. Os médicos tentaram restabelecer ele, mas não conseguiram. Ele tinha todos os exames, sendo apto para a atividade”, acrescentou Dione.

Conforme informações da família, o atestado de óbito diz que a causa da morte deverá ser esclarecida por exames complementares.

Orgulho

Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família. “Menino de ouro. Craque. Inteligente”, elogiou o Dione.

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“Meu garoto de ouro tinha sonho de ser empresário, queria ser bem-sucedido na vida. O desejo dele era já parar de jogar esse ano e focar em estudos. Queria ir morar sozinho cedo”, descreveu o pai.

O clube lamentou a morte do atleta nas redes sociais. “É com muita tristeza que comunicamos o falecimento do nosso atleta Ezequiel (conhecido como Zequinha). Que Deus te receba com sua alegria. Nossos sentimentos a toda sua família, e pedimos que Deus os conforte nesse momento tão difícil. Família G2 em luto”, disse em nota.

O corpo de Ezequiel foi sepultado nesta segunda-feira (10), no Cemitério Parque de Goiânia.

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