Opinião

TSE cassa mandato do deputado Daltan Dallagnol

Não há atos atentatórios aos direitos e garantias assegurados pela constituição federal por parte de nossos tribunais superiores. Inexistem inimigos da democracia, travestidos de seus defensores. São elucubrações mórbidas do senador Hamilton Mourão, para contestar, por exemplo, a atuação eficiente do ministro Alexandre de Moraes.

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Júlio César Cardoso é servidor federal aposentado

Num discurso prolixo, recheado de resquícios autoritários, derivados de sua formação militar, o ex-vice-presidente senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) tenta desqualificar a decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou o mandato do deputado federal Daltan Dallagnol (Podemos-PR), e pede ao presidente do Senado e Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a interdição imediata da cassação.

O Brasil não vive em estado de anomia. Aqui, somos regidos por normas, da mesma forma como são as nações democráticas.

Quem tenta burlar regras ou encontrar artifícios, para escapar de responsabilidade, tem que ser penalizado. No entanto, não desconhecemos a atuação eficiente do deputado como chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. Mas nem por isso o parlamentar pode ficar imune de qualquer irregularidade porventura cometida.

Acreditar-se que a Justiça esteja partidarizada é muito preocupante. Pode até haver magistrado que desrespeita a liturgia do cargo e deixa transparecer a sua inclinação político-partidária. Agora, quando uma decisão condenatória é proferida por unanimidade dos ministros do TSE, é porque o réu “pisou na bola”.  Falta serenidade do senador Mourão pelas críticas infundadas ao TSE.

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Falar em arbitrariedade do tribunal é suspeitar a honradez dos componentes da corte. Não houve nenhuma violação ao direito de ninguém que possa beneficiar o TSE, como insinua o senador. O tribunal não tem lado político.

Trata-se de um absurdo o senador vir questionar tratamento de censura, cerceamento de liberdade, pensamento e de opinião, fatos inexistentes.  Talvez, refira-se ao PL das Fake News que trata da regulação da internet. Não vivemos em estado de anomia.

Não há atos atentatórios aos direitos e garantias assegurados pela constituição federal por parte de nossos tribunais superiores. Inexistem inimigos da democracia, travestidos de seus defensores. São elucubrações mórbidas do senador Hamilton Mourão, para contestar, por exemplo, a atuação eficiente do ministro Alexandre de Moraes.

Ora, decerto, perdeu o senso, o senador Mourão, quando, de forma quixotesca, clama pela interdição imediata de cassação ilegítima do deputado Dallagnol. Não temos aqui tribunal de exceção, pois o país se alicerça no princípio do juiz natural, ou seja, em garantia constitucional que assegura aos cidadãos que o juízo será imparcial, julgando de maneira independente e com base no ordenamento jurídico.

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Assim, não houve cassação ilegítima nem ataque à democracia brasileira, mas sim a aplicação simples do princípio do juiz natural.

Júlio César Cardoso é servidor federal aposentado

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Remédios para a alma

O melhor remédio é aquele que se faz com o autoconhecimento e a crivagem do autocontrole, pois o que importa são as obras, os frutos e não as sensações do corpo ou as experiências hedônicas.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

A vida traz e leva situações nem sempre confortáveis e nestes encontros e choques, vamos nos moldando e acumulando experiências e conhecimentos. Nascer, envelhecer e partir são as fases do ser e nutrir-se da fé e da afinidade com Deus nos auxilia decisivamente nesta caminhada.

Se por um lado, a planta é ajudada pelos nutrientes da terra que enriquecem a fruta, cabe à árvore seu desenvolvimento e direcionamento à luz.

Neste sentido, é vital ter a consciência que toda oportunidade é chance de aprendizagem e crescimento e segurar a atitude mental adequada é o primeiro remédio disponível. Pelas atitudes, melhoramos ou não os problemas e também, os resultados.

Para alguns, cada empecilho é um drama, para outros autêntica chance de expressar sua melhor versão. Ser o ajudante de si mesmo é abraçar as causas do Cristo e deixar de lado o egoísmo, a vaidade e o orgulho. Tais chagas minam o potencial individual, espalhando o veneno da ilusão material. O melhor remédio é aquele que se faz com o autoconhecimento e a crivagem do autocontrole, pois o que importa são as obras, os frutos e não as sensações do corpo ou as experiências hedônicas.

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 A maldade nada mais é do que a ignorância humana, pois apenas a verdade maior liberta dos erros, preconceitos e vacilos”. A mente que se abre para uma ideia jamais volta ao estado original”, disse Albert Einstein. O mesmo em relação às verdades sagradas. A bíblia não é um livro de estórias, mas de guia e referência para uma vida digna, salutar e feliz. A moral e a harmonia são as medicinas d’alma que iluminam o ser de dentro para fora.

Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

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