Poder Judiciário suspende construção de hospital municipal em Alto Horizonte

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O Poder Judiciário determinou a suspensão da construção de um hospital municipal em Alto Horizonte. A decisão possui caráter liminar deferida em uma Ação Popular proposta por uma ex-vereadora da cidade, cujo mandato foi cassado em 2018. A determinação da justiça leva em conta indícios de favorecimento às empresas contratadas.

Conforme os autos, a prefeitura de Alto Horizonte anunciou a construção de um hospital na cidade no mês de maio e duas empresas foram contratadas para a realização da obra: a Comarques Construtora e Arquitetura, que ficou responsável pela elaboração do projeto e custou R$ 76 mil aos cofres públicos; e a Campos & Valente Construtora Ltda., chamada para a execução da obra.

Conforme a decisão judicial, a empresa responsável pelo projeto foi contratada com dispensa de licitação no dia 29 de maio. Entretanto, o projeto do hospital foi cadastrado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo em setembro de 2019, oito meses antes da contratação. Além disso, a empresa solicitou uma análise do projeto ao Corpo de Bombeiros 15 dias antes da celebração do contrato.

A empresa responsável pela construção do hospital iniciou os trabalhos no dia 29 de maio e o fato foi divulgado nas redes sociais da prefeitura. Apesar disso, não há, de acordo com a liminar, nenhuma informação no Portal da Transparência do Município sobre a formalização do contrato ou sobre o empenho da obra.

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Além disso, a obra teria iniciado sem o alvará de autorização do Corpo de Bombeiros e está sendo realizada em um terreno que pertence ao governo do estado.

 

Manifestação da administração

A prefeitura de Alto Horizonte argumentou no processo que a pandemia da Covid-19 justifica as medidas extremas e que a empresa foi contratada antes porque a cidade, que já tem quase 30 anos de emancipação, não possui um hospital municipal para a população.

A administração municipal ressaltou também que o terreno onde a unidade é construída é utilizado desde 1997 e que o alvará do Corpo de Bombeiros tem o objetivo de permitir o funcionamento do hospital, não a construção.

 

A decisão judicial

O juiz de direito responsável pelo caso, Hugo de Sousa Silva, afirmou na decisão que o hospital não tem o objetivo de atender a situação de emergência causada pela pandemia, uma vez que a prefeitura já planejava a obra desde 2019. O magistrado ressaltou também que todo o processo de dispensa da licitação foi concluído em quatro dias, sendo dois deles não úteis (sábado e domingo). Para Hugo, há indícios de favorecimento no processo.

“Não é razoável imaginar que uma construtora que não tivesse prévio conhecimento do objeto contratado já apresentasse, em prazo tão exíguo, uma previsão séria e responsável de conclusão de uma obra de grande porte, como é o caso de um hospital”, disse o magistrado.

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Desavenças em Alto Horizonte

O questionamento da obra foi feito através de uma Ação Popular impetrada pela ex-vereadora Lauanda Peixoto Guimarães. Ela teve seu mandato cassado depois que uma matéria jornalística expôs áudios nos quais ela e o marido, Rogério da Silva D´Afonseca, tentavam extorquir o prefeito da cidade.

Os áudios revelaram que ela oferecia “governabilidade tranquila” em troca de cerca de R$ 30 mil mensais. Na época, o gestor negou ter cedido ao esquema e afirmou que a parlamentar usava a ficha criminal do marido, Rogério da Silva d’Afonseca – que responde por homicídio –, para intimidá-lo.

Em uma das gravações, realizada em meados de julho de 2017, Lauanda e o marido vão ao gabinete do prefeito para cobrar a primeira e segunda parcelas da propina, que não foram pagas. Nessa conversa, Lauanda acaba discutindo com Borges os termos do que chama de “parceria” e acaba revelando que a extorsão tinha iniciado, pelo menos, na gestão anterior, com valores extorquidos do ex-prefeito da cidade Oildo Silveira Machado (PP). Com MG

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Após ação do MP, Vigilância Sanitária autua empresa responsável por alimentar presos em unidades prisionais

Através de nota, o MP-GO reforçou seu compromisso com a segurança alimentar e a garantia de condições dignas para os internos das unidades prisionais, adotando todas as medidas necessárias para a resolução das irregularidades identificadas.

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Após ação do MP, Vigilância Sanitária autua empresa responsável por alimentar presos em unidades prisionais. Foto: Gláucio Dettmar/CNJ

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), em uma ação conjunta com a Vigilância Sanitária Municipal de Rio Verde, realizou, na última sexta-feira (28), uma inspeção surpresa na empresa Soluções Serviços, responsável pelo fornecimento de alimentação para os presos das unidades prisionais de Jataí, Rio Verde, Quirinópolis, Acreúna e Santa Helena de Goiás. A ação foi em decorrência do recebimento de diversas reclamações sobre a qualidade das refeições fornecidas.

De acordo com o promotor de Justiça Bernardo Morais Cavalcanti, titular da 12ª Promotoria de Rio Verde, durante a inspeção os fiscais da Vigilância Sanitária identificaram diversas irregularidades no local, o que levou à lavratura de um auto de infração. Na ocasião, foram constatados diversos problemas estruturais, de limpeza, na qualificação da equipe e na organização dos fluxos operacionais da empresa, tendo as inconformidades documentadas através meio de registros fotográficos.

O promotor esclareceu também, que em decorrência da gravidade dos problemas encontrados, os proprietários da empresa serão intimados a adotar providências imediatas para sanar as irregularidades encontradas e caso as exigências não sejam cumpridas, há risco de interdição do estabelecimento, que se encontra com alvará sanitário vencido.

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A Vigilância Sanitária está dando prosseguimento ao auto de infração e novas visitas surpresa serão realizadas para fiscalizar o cumprimento das determinações.

Através de nota, o MP-GO reforçou seu compromisso com a segurança alimentar e a garantia de condições dignas para os internos das unidades prisionais, adotando todas as medidas necessárias para a resolução das irregularidades identificadas.

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