Opinião

Sucesso da criação de cavalos começa pela saúde dos cascos

Para a manutenção de características tão importantes, a trajetória começa com a nutrição adequada. A oferta de ração balanceada, ajustada às necessidades do cavalo, é essencial, assim como a suplementação nutricional.

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Quem trabalha com cavalos atletas sabe que o sucesso dos animais começa pelos cascos. Em competições profissionais, nas quais se busca atingir o mais alto nível e a máxima performance, os criadores e competidores estão conscientes de que cascos saudáveis são atributos indispensáveis para o bom resultado esportivo. Os benefícios de manter esse cuidado também se estende aos equinos de lida ou de lazer, que podem enfrentar bem caminhadas longas. 

Para a manutenção de características tão importantes, a trajetória começa com a nutrição adequada. A oferta de ração balanceada, ajustada às necessidades do cavalo, é essencial, assim como a suplementação nutricional. Mais do que beneficiar o bem-estar animal e a saúde dos cascos, esses recursos são excelentes também para a pele e os pelos dos equinos – proporcionando também aparência física saudável, primeiro indicio de animal saudável e bem cuidado. 

Entre os nutrientes que contribuem para a saúde dos cascos estão zinco, manganês e selênio – que possui grande poder antioxidante. Outro recurso importante é a biotina, também conhecida como vitamina B7, relacionada à produção de proteínas. Entre os aminoácidos, a DL-metionina – fonte orgânica de enxofre – é um elemento valioso. Todos eles combinados estimulam a produção de queratina, proteína que fortalece os cascos e os pelos. 

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Para o criador ou treinador de cavalos, a oferta desses nutrientes é indispensável. Afinal, quando há baixa ingestão, é possível perceber – a olho nu – alterações nos cascos e nos pelos, que perdem o brilho. E essa é a porta para preocupações maiores: problemas nos cascos dos equinos podem deixar animais de competição parados por até seis meses, gerando prejuízo não só econômico, mas também de bem-estar deste animal. 

Com a correta suplementação nutricional, que pode ser feita com Kerabol®, da Equistro®, empresa da Vetoquinol Saúde Animal, é possível evitar quebras nos cascos e, quando for o caso, agilizar cicatrizações. Além disso, torna o plantel mais resistente a lesões e à fadiga. Dessa forma, os equinos se recuperam mais rapidamente após os exercícios, mostrando que estão prontos para as provas e também para o trabalho diário nas propriedades e caminhadas de lazer – garantindo bons resultados e gerando rentabilidade para o negócio. 

Antônio Coutinho é gerente de marketing

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ARTIGO

PEC 6X1: oportunidade para o debate franco acerca da legislação trabalhista

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação. 

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André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6X1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), tem como objetivo a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo os salários e reorganizando a carga semanal em até quatro dias. Essa proposta vem ao encontro de tendências globais, onde o debate sobre a jornada de trabalho e sua adaptação aos novos tempos — especialmente com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial — tem ganhado força.

A PEC 6×1, inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), pode ser vista como um ponto de partida para uma análise mais profunda sobre o sistema trabalhista brasileiro e suas limitações, tanto para trabalhadores quanto para empregadores.

A questão da jornada de trabalho reduzida é sustentada por um contexto de aumento da produtividade, impulsionado pelas inovações tecnológicas. Essas inovações permitiram que, em alguns setores, menos horas de trabalho resultassem em níveis de produção iguais ou superiores aos modelos tradicionais. No entanto, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não se limita aos ganhos de produtividade. Ela também envolve uma série de outros fatores, como qualidade de vida, saúde mental, e até mesmo a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Em termos práticos, a PEC 6X1 procura responder à demanda por uma jornada de trabalho que promova o bem-estar dos trabalhadores sem sacrificar o desempenho econômico. Entretanto, há obstáculos no que diz respeito à aplicabilidade da medida no contexto brasileiro. O arcabouço jurídico trabalhista do país, com regulamentações amplas, visa proteger o trabalhador, mas frequentemente é apontado como um fator que engessa a iniciativa privada e dificulta a criação de empregos.

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A complexidade e os custos associados ao cumprimento das leis trabalhistas brasileiras muitas vezes desestimulam empresários, especialmente os pequenos e médios, de contratar formalmente. O excesso regulatório pode ser, em parte, responsável pela baixa produtividade e pela informalidade ainda presente no mercado de trabalho brasileiro.

Além disso, o Brasil já enfrenta desafios específicos em relação ao mercado de trabalho, como a escassez de mão de obra em algumas regiões e o aumento da informalidade. Há também uma pressão social crescente para ajustar programas de assistência, como o Bolsa Família, para que realmente sirvam como apoio temporário, incentivando a entrada no mercado de trabalho. Isso alinha-se à célebre frase do ex-presidente americano Ronald Reagan, para quem “o melhor programa social é o emprego”. Nesse sentido, um mercado de trabalho desburocratizado e uma política de assistência social orientada para a autonomia individual poderiam ser fundamentais para garantir uma economia mais forte e inclusiva.

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.

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A PEC 6X1, assim, abre uma oportunidade rara para rever os princípios que sustentam o sistema trabalhista brasileiro e questionar se esse modelo atende às necessidades contemporâneas de um mundo em rápida mudança. Trata-se de uma chance para empreender uma reforma que, ao mesmo tempo que preserva a dignidade dos trabalhadores, valorize a iniciativa privada e encoraje a criação de empregos de qualidade. Como se diz, “quando o cavalo selado passa, é hora de pular e aproveitar a chance”.

André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP; especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP; cientista político pela Hillsdale College; doutor em Economia pela Princeton University; escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).

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