Fake News
Justiça Eleitoral alerta para o golpe da consulta de votos
Bolsonaristas utilizam a plataforma para ”comprovar fraude nas eleições”.
Mais uma fake news circula na internet envolvendo as eleições 2022. Grupos de bolsonaristas tem compartilhado um link de um site chamado “Veja Seu Voto” que, segundo afirmações deles, nas redes sociais, o site revela em quem a pessoa votou nestas eleições.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam a derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estavam utilizando a plataforma para comprovar “fraude eleitoral” nas eleições. Em um dos vídeos que circulam na internet, uma mulher mostra indignação pelo suposto resultado de voto, utilizando o número do CPF de seu marido, que segundo ela falecido há 12 anos, e o site mostra que ele teria votado no 13.
Conforme a mensagem que circula nas redes, para saber o candidato no qual a pessoa votou, basta entrar na página e digitar o número do CPF e em seguida o site revela o voto. Portanto, a página não utiliza nenhum tipo de informação que corresponde a Justiça Eleitoral.
O professor do Departamento de Computação da UFSCar, Paulo Matias, disse, em entrevista ao site TecMundo, que o endereço eletrônico vejoseuvoto.info, provavalemente se trata de um “código server-side”, que tira hash do CPF, mesmo sendo inválido. Assim, se for par, ele automaticamente solta o 22, se for ímpar, solta o 13.
Isso significa que o site faz uma série de operações matemáticas com o número do CPF do cidadão e, caso o resultado seja um número ímpar, é mostrado um voto na sigla 13 (PT). Do contrário, caso seja par, é mostrada a sigla 22 (PL).
Sigilo do voto
Conforme explica a Justiça Eleitoral, o voto digitado na urna eletrônica, além de sigiloso, é inviolável, conforme prevê a Constituição Federal. Além disso, o órgão explica que não há como vincular a autoria de um voto registrado na urna a um eleitor específico.
Portanto, segundo a Justiça Eleitoral, não é possível conhecer o voto de cada eleitora ou eleitor. O log da urna, registro das atividades de funcionamento pode ser acessado pelo Portal de Dados Abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelo aplicativo Resultados. Mas, apesar de ser um arquivo público, ele não registra informações como número do título de eleitor e nem revela voto. O armazenamento dos votos é feito de modo que ninguém, nem mesmo a Justiça Eleitoral, possa saber em que candidato cada eleitor votou.
A Justiça Eleitoral alerta ainda para que as pessoas tenham cuidado ao digitar seus dados pessoais, como CPF, título de eleitor ou qualquer outra informação nesse ou em qualquer outro site, pois pode haver risco de uso indevido dos dados dos eleitores.
Passados mais de um mês das eleições, ainda há pessoas que insistem que houve fraude no pleito. Isso acontece mesmo quando todas as informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), verificadas, inclusive, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e diversas Missões de Observação Eleitorais (MOEs) nacionais e internacionais, mostram taxativamente que todo o processo de apuração e totalização dos resultados ocorreu de maneira segura e transparente.
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ELEIÇÕES
Atualização do e-Título é recomendada pelo TSE antes das eleições
O TSE enfatiza a importância de realizar esse procedimento com antecedência para evitar congestionamento no aplicativo na véspera da eleição, o que dificultaria o acesso.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enfatiza a importância de realizar esse procedimento com antecedência para evitar congestionamento no aplicativo na véspera da eleição
Com a votação para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores se aproximando, no dia 6 de outubro, o TSE recomenda que os eleitores atualizem o aplicativo e-Título. Conforme divulgado pelo tribunal, é por meio dele que será possível acessar a versão digital do título de eleitor.
Para atualizar o e-Título, é necessário buscar o aplicativo na loja virtual do seu celular, como Google Play ou Apple Store. Após isso, basta digitar o nome do aplicativo e clicar em “atualizar”.
O TSE enfatiza a importância de realizar esse procedimento com antecedência para evitar congestionamento no aplicativo na véspera da eleição, o que dificultaria o acesso.
O aplicativo, lançado em 2017, não é obrigatório para a votação. Quem não tiver, deve apresentar um documento oficial com foto.
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