Opinião

Carvão perde prioridade

Bilhões de seres humanos estão condenados a uma morte terrível, lenta e dolorosa. As catástrofes chegaram, cada ano é o mais quente registrado no gelo da Antártica (1,2 milhão de anos de ar e água depositados em camadas anuais de neve)… E para a COP-30 deste ano, creio, as petroleiras ganharão mais um tempinho para faturar, como se as tecnologias verdes não representassem um grande negócio também.

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Mario Eugenio Saturno é Professor Assistente da Escola de Teologia para Leigos São José de Anchieta da Diocese de Caraguatatuba, Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

Há nove anos, escrevi o artigo “Humanidade suicida” que tratava do comportamento humano diante de iminentes catástrofes, como a convivência com najas nas aldeias indianas, populações vizinhas de vulcões, como do Vesúvio e a intoxicação por chumbo no Império Romano, inclusive nominando de saturnismo (pesquisem!).

Mesmo sabendo que o chumbo seja tóxico, a indústria petrolífera usava o tetraetila de chumbo para aumentar a octanagem e pagava “cientistas” para dizerem que era seguro. Até que o cientista Clair Patterson foi calcular a idade da Terra, usando o fato que o urânio decai em chumbo. Mas ele descobriu que estávamos contaminados por chumbo e iniciou uma difícil jornada contra os bilionários do petróleo. Nos anos 1970, os países começaram a banir, Patterson salvou a humanidade.

Porém, novamente estamos diante de uma nova luta contra as bilionárias petrolíferas, que são responsáveis pelas mudanças climáticas devido ao aquecimento do planeta por causa do aumento de gás carbônico. Os bilionários aprenderam a manipular a maioria da população mundial e colocaram a Ciência na categoria das religiões. Mas Ciência não é matéria de fé, mas de fatos, como no caso do chumbo.

Bilhões de seres humanos estão condenados a uma morte terrível, lenta e dolorosa. As catástrofes chegaram, cada ano é o mais quente registrado no gelo da Antártica (1,2 milhão de anos de ar e água depositados em camadas anuais de neve)… E para a COP-30 deste ano, creio, as petroleiras ganharão mais um tempinho para faturar, como se as tecnologias verdes não representassem um grande negócio também.

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Todavia, temos alguns avanços. A imprensa anunciou dias atrás que a energia solar suplantou pela primeira vez o carvão em 2024, na União Europeia, que é composta de 27 países. E, ainda, a produção a partir de gás natural diminuiu pelo quinto ano consecutivo.

No total, o forte crescimento da energia solar e a recuperação da energia hidráulica elevaram a produção elétrica renovável de 34% em 2019 para 47% agora, enquanto a de combustíveis fósseis baixaram de 39% para 29%. Os europeus estimam que nesse período, a economia na importação de combustíveis fósseis atingiu 59 bilhões de euros e as emissões do setor da eletricidade caíram para metade do seu nível máximo, em 2007.

A abundância de energia solar em 2024 permitiu baixar os preços a meio do dia e até provocou preços negativos, referentes às horas em que a eletricidade é vendida abaixo de zero, devido a um excesso de oferta em relação à procura. Um grande incentivo para deslocar o consumo para os períodos de produção solar abundante.

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Também da China vem uma boa notícia: a geração de energia termelétrica usando carvão deverá cair em 2025 pela primeira vez em uma década. Com o forte crescimento do PIB todo ano, a demanda de energia é enorme. Curiosamente, em retaliação às medidas do Trump, a China anunciou tarifas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito dos EUA, além de 10% sobre petróleo bruto, demonstrando sua prioridade.

Falta ao Brasil fazer um pouco mais para chegar na COP-30 deste ano, em Belém, como um líder autêntico na área.

Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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ARTIGO

O Brasil em evidência no turismo mundial

A extensão do período carnavalesco possibilita um planejamento mais abrangente para bares e restaurantes, permitindo que aproveitem esse fluxo estendido de turistas e, consequentemente, aumentem seu faturamento. Os ensaios e eventos de pré-Carnaval atraem milhares de pessoas, não apenas para festejar, mas também para gerar empregos diretos e indiretos.

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Alexandre Sampaio Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).

O ano de 2024 foi um marco histórico para o turismo internacional no Brasil. Alcançamos a impressionante marca de 6.657.377 turistas estrangeiros, o que representa um crescimento de 12,6% em relação a 2023. Estes números, divulgados pelo Ministério do Turismo, Embratur e Polícia Federal, refletem a força do setor e reafirmam o Brasil como um destino cada vez mais atrativo no cenário global. Somente em dezembro do mesmo ano, 690.236 estrangeiros visitaram o país, um aumento de 11,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa evolução não apenas reforça o potencial econômico do turismo internacional, mas também traz excelentes perspectivas para 2025.

Olhando para o futuro, iniciamos este ano com grande entusiasmo. O setor segue em plena expansão, e um dos principais motores dessa movimentação é o Carnaval, a maior festa popular do Brasil e um dos feriados que mais impulsionam a economia. Em 2025, o Carnaval será celebrado em março, o que gera impactos positivos para bares, restaurantes, hotéis, pousadas e companhias aéreas. O deslocamento da festa para uma data mais tardia prolonga o fluxo de visitantes, proporcionando um impulso adicional ao setor e favorecendo o comércio local em diversas regiões do país. Além disso, os ensaios e blocos de pré-Carnaval já movimentam os negócios antes mesmo de a folia começar oficialmente.

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O setor de alimentação fora do lar, que acompanha de perto as tendências do turismo e do consumo, tem uma grande oportunidade com esse calendário. A extensão do período carnavalesco possibilita um planejamento mais abrangente para bares e restaurantes, permitindo que aproveitem esse fluxo estendido de turistas e, consequentemente, aumentem seu faturamento. Os ensaios e eventos de pré-Carnaval atraem milhares de pessoas, não apenas para festejar, mas também para gerar empregos diretos e indiretos.

Com um cenário tão promissor, as perspectivas para 2025 são extremamente positivas. O crescimento do turismo, aliado a um setor cada vez mais estruturado e preparado para receber visitantes, fortalece toda a cadeia produtiva. A FBHA segue atenta às oportunidades e desafios do setor, apoiando os empresários e incentivando políticas que estimulem ainda mais esse avanço. Estamos confiantes de que 2025 será mais um ano de conquistas para o turismo brasileiro, consolidando ainda mais o nosso país como um dos principais destinos turísticos do mundo.

Alexandre Sampaio Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)

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