Opinião
Amizade
Os amigos desejam que cada um se desenvolva à sua maneira, tornando-se protagonistas de sua própria história. Os verdadeiros amigos não querem moldar ou dominar uns aos outros, mas sim encorajar a autenticidade e apoiar o crescimento mútuo. Essa liberdade é fundamental para a sanidade mental, pois nos permite crescer sem medo de julgamentos ou cobranças excessivas.

A amizade, em sua essência, é um dos pilares mais sólidos para a construção de uma vida emocionalmente equilibrada e mentalmente saudável. Mais do que uma simples conexão entre indivíduos, a verdadeira amizade é um espaço de aprendizado mútuo, onde as diferenças são celebradas, as limitações são compreendidas e os pontos fortes são potencializados. A convivência coletiva com pessoas diferentes ensina, a cada um, que todos nós temos fragilidades e potencialidades, e que só unidos podemos superar os desafios da vida.
Nesse sentido, a amizade se revela como uma força transformadora, capaz de nos ensinar a arte da escuta atenta, da empatia e da colaboração, elementos essenciais para a prosperidade humana. Em resumo, a amizade genuína permite que, juntos, possamos superar os desafios da vida, construindo relações pautadas na “escutatória” e na valorização do outro.
A sensibilidade cronista de Rubem Alves cunhou o termo “escutatória” para definir a capacidade de escutar genuinamente o outro, não apenas com os ouvidos, mas com o coração. Essa escuta atenta é a base da verdadeira amizade, pois é a partir dela que nos conectamos profundamente com os anseios, medos e sonhos do amigo. Ao escutar, aprendemos a enxergar o mundo por outras perspectivas, ampliando nosso repertório emocional e intelectual. A amizade, portanto, não é uma relação autoritária, em que um busca dominar o outro, mas sim uma parceria que respeita a individualidade de cada um.
Os amigos desejam que cada um se desenvolva à sua maneira, tornando-se protagonistas de sua própria história. Os verdadeiros amigos não querem moldar ou dominar uns aos outros, mas sim encorajar a autenticidade e apoiar o crescimento mútuo. Essa liberdade é fundamental para a sanidade mental, pois nos permite crescer sem medo de julgamentos ou cobranças excessivas.
A convivência com as diferenças é um dos maiores ensinamentos que a amizade proporciona. Ao nos relacionarmos com pessoas que pensam e agem de forma distinta da nossa, aprendemos a rir dos próprios obstáculos e a encará-los como oportunidades de crescimento coletivo. A amizade nos ensina que não precisamos ser perfeitos, mas que podemos ser completos na medida em que nos apoiamos mutuamente.
Celebrar as conquistas dos amigos, por exemplo, é um exercício de generosidade que nos lembra que a verdadeira prosperidade não está nos bens materiais, mas na riqueza dos afetos que cultivamos. A paz interior e a sensação de pertencimento são frutos dessa rede de apoio, que nos sustenta nos momentos de dificuldade e nos alegra nas horas de felicidade. Ou seja, a amizade também desempenha um papel fundamental na superação das dificuldades cotidianas. Ao conviver com diferenças, aprendemos a rir de nossos próprios desafios, a celebrar as conquistas dos amigos e a compreender que a prosperidade real não se mede pelos bens materiais, mas sim pela rede de afetos que nos sustenta. A verdadeira prosperidade reside na paz e na amizade, elementos que nos fortalecem e nos tornam mais resilientes.
Além disso, a amizade é um terreno fértil para a criatividade. Quando estamos abertos e desarmados para novos pontos de vista, permitimos que ideias inovadoras surjam a partir do diálogo e da troca de experiências. Ao escutar o outro e dar protagonismo às suas ideias, nos tornamos mais flexíveis e criativos, capazes de enxergar soluções que, sozinhos, talvez não conseguiríamos vislumbrar. Quando nos abrimos para novos pontos de vista, escutamos e valorizamos o outro, enriquecemos nosso repertório intelectual e emocional. Esse intercâmbio de ideias nos permite aprender novas habilidades, ensinar aquilo que sabemos e criar juntos.
A amizade, nesse sentido, funciona como uma festa de São João, em que cada um contribui com o que tem de melhor: alguns trazem a alegria da música, outros o sabor da comida típica, e todos, juntos, criam uma atmosfera de celebração e união, com muito bolo de fubá, pamonha, quentão, vinho quente, café, sanfona e quadrilha… Assim como as fogueiras se acendem a partir das brasas umas das outras, as amizades se fortalecem na medida em que compartilhamos nossas luzes e calor humano.
Além do mais, a amizade nos ensina que a vida não precisa ser vivida de forma solitária. Transformar nossa “brasa” individual em uma “fogueira” coletiva é o grande desafio e a grande beleza das relações humanas. A verdadeira amizade nos convida a sair de nós mesmos, a olhar para o outro com respeito e admiração, e a construir, juntos, um caminho de prosperidade e paz. Ela nos lembra que, no grande espetáculo da vida, todos temos um papel importante a desempenhar, e que é na comunhão com os outros que encontramos o sentido mais profundo da existência.
A amizade é mais do que um laço afetivo. É um princípio fundamental para a sanidade mental, para a criatividade e para a verdadeira prosperidade. Ela nos ensina a importância da escuta, da empatia e da celebração mútua, tornando a vida um caminho mais leve, significativo e repleto de aprendizados compartilhados.
Cultivar a amizade é, acima de tudo, um ato de amor pela vida e por nós mesmos.
André Naves é Defensor Público Federal. Comendador cultural, escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).
Você tem WhatsApp? Entre em um dos canais de comunicação do JORNAL DO VALE para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens, clique aqui
JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com
Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres
Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192


ARTIGO
Cooperativas de geração verde
A lei não deixa de ser interessante, estabelece os locais onde o vento seja constante como uma riqueza do Estado a ser explorada por empresas privadas (offshore: ambiente marinho localizado no mar territorial e na plataforma continental).

Um dos grandes defeitos do Brasil pós-ditadura é não pensar a longo prazo, dez, vinte, trinta anos. E por que não 50 anos? Nosso regime de governança atual tem coisas ruim como deputados e senadores apropriarem-se de verbas do Executivo, mas eles poderiam destinar parte disso para projetos de longo prazo.
Recentemente, o noticiário anunciou que a conta de luz dos brasileiros poderia sofrer um abatimento de R$ 3 bilhões caso o projeto de lei do novo marco das eólicas em alto-mar fosse aprovado. Inacreditavelmente, a lei tinha artigos que previam a contratação compulsória de térmicas a gás e a carvão (eita!) que encareceriam a conta de luz e comprometeriam as metas do Clima. O presidente Lula sancionou a Lei Nº 15.097/2025 e vetou esses artigos perniciosos, mas esses vetos ainda não foram votados pelo Congresso. Acredito que nossos parlamentares repensarão, afinal, são propostas contra a Pátria e contra a humanidade.
A lei não deixa de ser interessante, estabelece os locais onde o vento seja constante como uma riqueza do Estado a ser explorada por empresas privadas (offshore: ambiente marinho localizado no mar territorial e na plataforma continental).
A lei estabelece fundamentos da geração elétrica no offshore: desenvolvimento sustentável, geração de emprego e renda no país e o fortalecimento da segurança energética. Ainda, desenvolvimento regional, com ações que reduzam a desigualdade e promovam a inclusão social, a proteção e defesa do meio ambiente, entre outros.
As empresas vencedoras pagarão um bônus de assinatura para a União e uma taxa anual de ocupação da área e participação proporcional mensal no valor da geração: 50% para a União, 12,5% para os Estados do local, 12,5% para os municípios do local, 10% para os Estados na proporção do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), 10% para os Municípios, na proporção do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e 5% para projetos de desenvolvimento sustentável.
Da mesma forma que já defendi que as termelétricas a carvão ou petróleo gerem eletricidade conforme o valor que recebam para existir e assim provar que existam e funcionam (para evitar as surpresas desagradáveis do passado, quando foram necessárias e não estavam operacionais), defendo que os locais sejam leiloados somente quando o preço do quilowatt-hora for competitivo e próximo a linhas de transmissão, ou seja, que os custos totais sejam bons.
E que parte desses recursos fosse destinado a financiar (não doar) geração solar e eólica de “cooperativas” de pequenos consumidores (vizinhos), de classe média baixa e baixa para que fossem construídas pequenas centrais de geração em seus bairros. Como o investimento em energia solar e eólico paga-se em 5 a 7 anos, as contas dessas pessoas seria quase zerada após esse período.
Os equipamentos poderiam ocupar os telhados dos consumidores, os prédios, praças e estacionamentos públicos. O gerenciamento dos recursos poderia ser feito por bancos públicos e privados. E os deputados e senadores poderiam doar parte de suas emendas no investimento em sua região, por que não?
Mario Eugenio Saturno é Professor Assistente da Escola de Teologia para Leigos São José de Anchieta da Diocese de Caraguatatuba, Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
Você tem WhatsApp? Entre em um dos canais de comunicação do JORNAL DO VALE para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens, clique aqui
JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com
Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres
Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192
- POLÍTICA NACIONAL6 dias atrás
Proposta mantém condições do contrato de crédito rural em caso de prorrogação ou renegociação
- ECONOMIA5 dias atrás
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
- Acidente6 dias atrás
Acidente com carro de luxo tira vida de médico na BR-060, em Anápolis; Assista
- NOTA DE FALECIMENTO4 dias atrás
Morre afogado o empresário Wagner Martins, da WW Cartuchos em Ceres
- ECONOMIA5 dias atrás
Safra 2024 da Rubi S.A. Uruaçu se destacou por inovação e eficiência
- VALE DO SÃO PATRÍCIO4 dias atrás
Câmara Municipal de Ceres realiza posse da nova procuradora da mulher
- PLANTÃO POLICIAL6 dias atrás
Corpo é encontrado, e PC investiga se é de mulher que desapareceu
- Acidente3 dias atrás
Acidente entre ônibus escolar e motocicleta na GO-480 deixa três vítimas fatais, em Rialma; Assista