Opinião
Aprendizagem de uma segunda língua
Muito se fala em aquisição de uma segunda língua, e em tese acredita-se que aprendizagem e aquisição são sinônimas. Mas não é bem isso que Raquel Santana Santos – Professora Doutora do Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo – nos diz ao escrever o prefácio do livro “Sou péssimo em inglês”, da autora Carina Fragozo.
Muito embora sejam vistos como sinônimos, adquirir uma língua e aprender uma língua são conceitos diferentes. Adquirir é um processo inconsciente, que ocorre na infância (aquele que ocorre com os bebês); aprender, por outro lado, implica um processo consciente, que pode ocorrer em qualquer época da vida. (SANTOS, 2018, pág. 13)
Em outras palavras, a aquisição acontece naturalmente, já a aprendizagem vem através de um processo a longo prazo chamado treino ou prática. Fato é que, para aprender uma segunda língua é preciso determinação e vontade.
Aprender uma língua estrangeira é um processo de longo prazo e, por isso, requer foco, motivação e dedicação. E ter foco para atingir o sucesso em qualquer projeto fica bem mais difícil quando você não define para si mesmo o que é esse sucesso. (FRAGOZO, 2018, pág. 18)
O que Carina quer dizer é que devemos nos perguntar por qual motivo queremos aprender uma segunda língua e em seguida traçar nossas metas a um longo prazo, visto que essa aprendizagem leva certo tempo e vai depender muito da determinação de quem está nesse processo. Ela cita um exemplo bem simples no decorrer do livro, se a pessoa pretende aprender uma segunda língua para viajar, então ela deverá aprender palavras usadas em um aeroporto, como pegar um táxi, enfim, chegar ao destino que se pretende.
Hoje, há uma variedade de sites, canais no Youtube, livros e muitos outros meios que ajudam as pessoas no processo de aprendizagem. Inclusive, há um aplicativo bem válido, que ajuda muito mesmo, chamado “Duolingo”. É um aplicativo onde a pessoa tanto pode selecionar as palavras na formação da oração, como também pode digitar ou falar no microfone na hora da lição, e na lição mesmo o aplicativo mostrará os erros e acertos da pessoa, sem contar que é um aplicativo onde a pessoa poderá traçar metas e praticar todos os dias. Além de contar com diálogos curtos, onde se poderá ouvir as pronúncias dos personagens e se quiser ainda poderá repeti-las. Esse é um dos métodos.
Existem muitos outros métodos, como ouvir músicas e ver os videoclipes, visto que a linguagem não verbal ajuda muito na compreensão da letra; ver filmes e séries legendados em outra língua ou mesmo assisti-lo com áudio em outra língua, vai depender do nível em que a pessoa está. Na Netflix e no Youtube há a possibilidade de colocar o filme ou série para ser reproduzido mais lentamente, o que também ajuda na hora de acompanhar a fala dos personagens, até que a pessoa consiga acompanhar a fala na velocidade normal. É válido também pegar textos curtos, ouvi-los e traduzi-los aos poucos e até mesmo reproduzir as pronúncias. Tudo se trata de um processo onde a pessoa poderá acompanhar seu próprio nível e por fim ela estará lendo e até mesmo compreendendo a fala quase que de forma natural. E não se deve ter “medo” de errar, afinal é errando que se chegará à perfeição.
Enfim, cada pessoa pode traçar o método que mais se identificar e passar a segui-lo. E o mais importante é fazer da aprendizagem uma rotina, até que se torne diária e vire um hábito. A evolução virá com o tempo.
Thaymara Correia da Silva é formada em Letras
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ARTIGO
Os cristãos da carta de Paulo aos romanos
Naquela época, o nome poderia revelar a origem (raça) e até a condição social da pessoa. Pelo nome podia-se conhecer a raça (judeu ou pagão) e a condição social (escravo ou não) da maioria das pessoas. A Igreja de Roma era composta de grande diversidade de raças e culturas.
Em artigo anterior, mostrei um preâmbulo da carta aos Romanos, que é um texto pastoral, e que buscava fazer uma introdução de si, quem era o apóstolo Paulo. Ficou patente que Paulo conhecia pessoas pelos nomes 28 pessoas da comunidade romana, sendo 18 homens e 10 mulheres.
A portadora da carta, Febe, não era conhecida. Logo faria parte da Igreja de Roma, elevando a 11 mulheres citadas no capítulo 16. Fica claro que Paulo dá relevância às mulheres, atitude contrária à condição da mulher naquele tempo.
Naquela época, o nome poderia revelar a origem (raça) e até a condição social da pessoa. Pelo nome podia-se conhecer a raça (judeu ou pagão) e a condição social (escravo ou não) da maioria das pessoas. A Igreja de Roma era composta de grande diversidade de raças e culturas.
Paulo repete o pensamento desenvolvido na primeira carta aos Coríntios (Rm 12,4-30) mostrando que a harmonia do corpo humano se dá pela união e pela colaboração dos diferentes membros. A mesma coisa acontece com o corpo social. É disso que a carta fala em Rm 12,3-8. E Paulo recorda sete dons diferentes que constituem a riqueza das igrejas domésticas de Roma: profecia, serviço, ensino, aconselhamento, distribuição de donativos, presidência da comunidade e exercício da misericórdia (12,6b-8).
São as pastorais das igrejas domésticas romanas. Ao recordar sete dons, Paulo quis mostrar todos os dons (o número sete significa totalidade) que constituem ao mesmo tempo a diversidade das comunidades. Essas igrejas tinham também seus conflitos. O primeiro grande conflito entre as comunidades era a raça, ou seja, entre judeus e não judeus (chamados de gregos em Rm 10,12). Grande parte da carta é para resolver esse problema, alargando o horizonte, porque é um problema geral.
Aliás, esse foi um dos conflitos permanentes em toda a sua vida. Para ele é evidente que em Jesus Cristo acabaram-se as diferenças por causa de raça, condição social ou sexo (Gl 3,28; Rm 10,12; 1Cor 12,13; Cl 3,11). Para Paulo, os cristãos de origem e culturas diferentes não é motivo de desunião, mas de enriquecimento mútuo.
A Carta aos Romanos pode ser dividida em três partes, além da saudação inicial e da conclusão. O endereço, a saudação e a ação de graças (1,1-15). A Primeira Parte (1,16-8,39): O Evangelho é a força de Deus que salva. Tema geral (1,16-17): (a) A ira de Deus (1,18- 3,20). (b) A salvação vem pela fé (3,21-4,25). (c) Viver de modo novo (5,1-8,39). Segunda parte (9,1-11,36): Deus e Israel. Terceira parte (12,1-15,13): A vida cristã. Conclusão: Ministério de Paulo, projetos, saudações, recomendações e louvor (15,14-16,27).
Paulo apresenta-se sozinho no início da carta, mas mostra sua identidade mediante três títulos que caracterizam sua missão (1,1): “servo de Jesus Cristo”, alguém que recebeu uma missão (“apóstolo”, do grego, enviado) do próprio Jesus que o escolheu (“escolhido”). Ele coloca-se como os profetas do Antigo Testamento, considerados: “servos” (Amós 3,7), “enviados” (Jeremias 25,4) e “escolhidos” (Jeremias 1,5).
Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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