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Brasil pode suprir 15% da demanda global de transporte marítimo com biocombustíveis

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Um relatório do Boston Consulting Group (BCG) aponta que o Brasil tem potencial para atender até 15% da demanda energética do transporte marítimo global com biocombustíveis até 2050, gerando investimentos de cerca de US$ 90 bilhões e reforçando a liderança do país em etanol e biodiesel.

Biocombustíveis brasileiros como alternativa para o transporte marítimo

Segundo o BCG, o crescimento da demanda por combustíveis de baixa emissão será impulsionado pela implementação do mecanismo IMO Net Zero, da Organização Marítima Internacional, que exige redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no transporte marítimo.

“Com as embarcações precisando reduzir drasticamente a intensidade de suas emissões, e penalidades que variam de US$ 100 a US$ 380 por tonelada de CO2e, haverá crescente demanda por combustíveis marítimos de baixa emissão”, afirma Arthur Ramos, diretor executivo e sócio do BCG.

O estudo destaca que biodiesel (B100) e etanol brasileiros oferecem alternativas rápidas de implementação, competitivas em custo e escaláveis, com aumento de oferta apoiado na restauração de terras degradadas.

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Custos de abatimento tornam biocombustíveis atrativos

O relatório aponta que o biodiesel brasileiro apresenta custos de abatimento de US$ 220-230/tCO2e em portos nacionais e US$ 280-300/tCO2e em portos internacionais como Roterdã e Cingapura, valores inferiores às penalidades previstas pela IMO.

O etanol brasileiro também se mostra competitivo, com custos de US$ 205-210/tCO2e no Brasil e US$ 265-275/tCO2e em portos globais.

“Essa vantagem pode gerar redução de aproximadamente 170 milhões de toneladas de CO2e por ano e atender 15% da demanda de energia do transporte marítimo até 2050”, calcula Ramos.

Oportunidades de investimento e desafios regulatórios

O BCG estima que a cadeia de valor de biocombustíveis marítimos poderá atrair investimentos de cerca de US$ 90 bilhões. No entanto, a consolidação do arcabouço regulatório da IMO, mecanismos de incentivo claros e avanços tecnológicos, especialmente para motores a metanol compatíveis com etanol, são considerados fatores essenciais para o sucesso do setor.

Recuperação de terras degradadas e agricultura regenerativa

O estudo também ressalta o potencial brasileiro para integrar produção de biocombustíveis e recuperação ambiental. Com até 100 milhões de hectares dedicados a sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta e plantio direto, o país poderia destinar cerca de 25 milhões de hectares para culturas destinadas a biocombustíveis.

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A implementação de corredores verdes, reflorestamento e recuperação de pastagens degradadas contribuiria para aumentar a escala de produção sustentável, fortalecendo a liderança brasileira no mercado global.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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