Brasil terá 5G em 20 pontos do país neste ano, diz Fábio Faria

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse hoje (9), que o 5G Standalone, conhecido como 5G puro, estará disponível em 20 pontos no Brasil neste ano e em todas as capitais até julho de 2022. Faria participou nesta terça-feira (9) de uma audiência pública sobre o tema durante a 6ª reunião do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que trata da implantação da tecnologia 5G no Brasil.
O edital do leilão do 5G foi aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no dia 25 de fevereiro. O documento foi enviado para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) e Faria estima que em 60 dias retorne à Anatel.
Durante a reunião, conduzida pela coordenadora do grupo, deputada Perpétua Almeida (PcdoB-AC), Faria reforçou que o governo tem compromisso com a celeridade nas etapas do leilão do 5G, mas sem abrir mão das opções mais modernas disponíveis em se tratando de tecnologia.
Faria foi questionado pelos deputados sobre as tecnologias que a comitiva brasileira conheceu em empresas na Finlândia, na Suécia, no Japão e na China. O ministro respondeu que, durante a missão, pode conhecer uma grande diversidade de aplicações práticas do 5G e chegou a conhecer o 6G, tecnologia que ainda está em fase inicial de testes.
Entre as aplicações práticas do 5G, Faria citou para os parlamentares a importância do 5G para atender a indústria, que vai possibilitar o avanço da Internet das Coisas no país. Na indústria, o ministro exemplificou que o 5G vai facilitar o monitoramento de toda a cadeia produtiva, do campo até a prateleira do supermercado.
“É muito mais do que um aumento de potência e velocidade. Serão cem vezes de aumento e teremos uma redução muito grande na latência, o que vai permitir a um médico na capital federal operar um paciente na Amazônia. Outro exemplo está nos veículos. Nossos filhos vão poder ir à escola em um carro ou ônibus sem motorista e, para isso, precisamos do 5G standalone, que é o 5G puro”, disse Faria.
VAMOS CONECTAR O 🇧🇷.
Em Audiência Pública do GT de 5G da @camaradeputados, destaquei os compromissos do leilão, com as metas de cobertura para zonas rurais. Teremos 5G Standalone- 100x mais rápido que o 4G – em 20 pontos do País neste ano e em todas as capitais até julho 2022. pic.twitter.com/2kw4P4y1MI— Fábio Faria 🇧🇷🇧🇷🇧🇷 (@fabiofaria5555) March 9, 2021
Portarias
O ministro também explicou sobre as obrigações que as empresas que vencerem o leilão no Brasil precisarão cumprir. O Ministério das Comunicações definiu em portarias quais serão as obrigações a serem obedecidas pelas empresas que vencerem o leilão do 5G. Para expandir a conexão no Brasil, o ministério definiu que todas as localidades com mais de 600 habitantes devem receber, no mínimo, o sinal de 4G, assim como 48 mil quilômetros de rodovias federais estratégicas para o escoamento da produção agropecuária, industrial e mineral brasileira.
De acordo com regras estabelecidas pelo ministério, também haverá investimento no programa Norte Conectado, estimado em R$ 1,5 bilhão, que atenderá cerca de 10 milhões de habitantes da região.
Rede privativa
Os deputados também quiseram saber como está sendo pensada a rede exclusiva do governo, que também será oferecido ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República para que possam tratar de dados sigilosos ou sensíveis com total segurança.
“É como se todos nós tivéssemos nosso telefone normal, e os servidores de Brasília que trabalham no Congresso, no Executivo, no Supremo teriam um aparelho, e as informações sensíveis, que tenham algum tipo de risco se forem adquiridas por outros países, seriam preservadas”, disse o ministro.
Faria explicou que tanto a empresa que vai construir, como a que vai operar a rede privativa, deverão respeitar as regras do mercado acionário brasileiro. Entretanto, a chinesa Huawei não preenche os requisitos para participar da rede privativa de 5G do governo brasileiro. Segundo Faria, a Huawai não teria interesse em participar especificamente do projeto da Rede Privativa.
* Com informações da Agência Câmara
Edição: Fábio Massalli


POLÍTICA NACIONAL
Campanha nacional de incentivo à doação de cabelo passa na CAS

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (12) projeto de lei que cria campanha nacional para incentivar a doação de cabelo a pessoas carentes em tratamento de câncer ou vítimas de escalpelamento (arracamento brusco do couro cabeludo).
O PL 610/2021, da Câmara dos Deputados, recebeu parecer favorável da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que apresentou apenas uma emenda de redação. A matéria segue agora para análise do Plenário.
O objetivo da campanha nacional de incentivo à doação de cabelo a pessoas carentes em tratamento de câncer e vítimas de escalpelamento é conscientizar a população sobre a importância da doação de cabelos para a recuperação da autoestima dessas pessoas. Segundo o texto, a campanha será coordenada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, com a participação de organizações da sociedade civil, e será realizada anualmente durante a semana do Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro. As ações devem esclarecer os procedimentos e os locais onde podem ser feitas as doações.
Para Damares, a queda dos cabelos é um dos efeitos colaterais mais impactantes, pois pode levar a uma imagem corporal negativa que, geralmente, evolui para a depressão, ansiedade ou outros transtornos mentais.
— Não há dúvida de que o estabelecimento de uma iniciativa que chame a atenção da sociedade para problema que causa sofrimento a tantas pessoas pode contribuir significativamente na diminuição do déficit na doação de cabelos para a confecção de perucas e, assim, mitigar o sofrimento das vítimas de câncer e de escalpelamento, a maioria das quais mulheres — afirmou a relatora.
A senadora Dra. Eudócia (PL-AL), vice-presidente da CAS, apoiou a proposta e enfatizou que a queda de cabelo pelo tratamento com quimioterapia compromete a dignidade da mulher.
Audiência pública
Foi aprovado na CAS requerimento da senadora Damares para audiência pública, em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos (CDH), no dia 14 de maio, data que marca o Dia Nacional da Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher. O objetivo, segundo a parlamentar, é discutir os diversos fatores que apontam para a necessidade da tomada de consciência sobre o tema.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
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