Com a intenção de expandir as relações comerciais entre Goiás e a Índia, o governador Ronaldo Caiado e membros da comitiva goiana se reuniram nesta quarta-feira (12/02) com cerca de 20 empresários indianos, da Confederação da Indústria Indiana (CII), e 35 empresários brasileiros.
Ficou definido que os representantes das empresas irão, nos próximos três dias, realizar reuniões setoriais para definir futuros negócios. O encontro marca a abertura das tratativas entre o Estado e o país asiático durante a missão internacional goiana, que se estende até dia 21 de fevereiro.
“Goiás está exatamente no centro do país, Brasília, a capital, está incrustada no nosso território. É um estado de 350.000 km² e que tem um potencial de crescimento enorme. Nós só temos 7 milhões de habitantes. Dentro desta radiografia, quero dizer que esse é o momento oportuno para se investir em Goiás”, afirmou Caiado aos empresários indianos.
Ao apresentar as especificidades do Estado, o governador ainda enfatizou a alta capacidade produtiva, a força do cooperativismo e a pujança do segmento farmacêutico goiano.
Ainda, sinalizou a disposição em firmar parcerias nas mais diversas áreas, especialmente tecnologia, inovação e inteligência artificial e comentou sobre os investimentos na transição energética do combustível fóssil a modelos mais sustentáveis.
“A biomassa será fundamental para sustentar a transição energética do mundo”, alertou Caiado ao falar da vocação goiana para a produção do etanol. O governador também manifestou preocupação do Estado em entender “que o desafio da sustentabilidade é social, econômico e ambiental”. Tal perspectiva abrange um olhar ao pequeno produtor, com iniciativas que garantam renda e dignidade.
O presidente de Assuntos Corporativos e Industriais Globais da multinacional indiana UPL Limited, Sagar Kaushik, destaca importância de Goiás no cenário mundial do agro, energia e indústria (Foto: Júnior Guimarães)
O protagonismo de Goiás no agronegócio e o destaque nos setores de energia e produção industrial foram ressaltados pelo presidente de Assuntos Corporativos e Industriais Globais da multinacional indiana UPL Limited e porta-voz da CII, Sagar Kaushik.
“Goiás contribui em nível mundial com três pilares: agronegócio, energia e setor industrial de produção”, afirmou.
Kaushik ainda revelou o desejo de cooperação mais próxima entre Brasil e Índia no compartilhamento de tecnologias, demanda capitaneada por Caiado e que está avançando com a missão internacional.
Aos empresários indianos que participaram da reunião, o representante da CII elogiou o mercado brasileiro. “É um lugar que você pode investir para ter escala e crescimento, a exemplo de Goiás. Então, vá ao Brasil, invista”, recomendou.
Ao apresentar as especificidades do Estado, governador enfatizou alta capacidade produtiva, força do cooperativismo e pujança do segmento farmacêutico (Foto: Júnior Guimarães)
Além do governador, estiveram na reunião na sede da CII secretários de Estado, prefeitos, deputados e autoridades como o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Luiz Rocha, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB-GO), Luís Alberto Pereira, o presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), José Carlos Garrote de Souza, e o presidente-executivo da Adial, Edwal Freitas Portilho.
Parcerias
Governador se reuniu com empresários indianos e brasileiros na Confederação da Indústria Indiana (CII) (Foto: Júnior Guimarães)
Três empresas líderes do mercado global, com sede em Mumbai, estão no roteiro da missão comercial ao país asiático. São elas: Tata Group, maior grupo empresarial privado da Índia, composto por empresas em diversos setores de negócios e Mahindra Group (M&M), que tem parcerias com empresas como Renault e Nissan.
Também está no roteiro o JSW Group, conglomerado multinacional indiano com negócios em áreas como aço, energia, infraestrutura, cimento, setor automotivo e tintas.
Estão previstas ainda visitas ao Kokilaben Dhirubhai Ambani Hospital e à empresa Aditya Birla Industries, que atua nos ramos farmacêutico, de mineração, têxtil e de celulose, além de entidades privadas, como o Instituto Nacional para Transformação da Índia (NITI Aayog), a Associação Indiana das Usinas de Açúcar (ISMA), e o Projeto Gati Shakti (Plano Diretor Nacional para Conectividade Multimodal)
Goiás participou nesta quinta-feira (13/02), do lançamento, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Projeto Resposta em Operações Integradas para Atuação em Situação de Desastres (Respad), no Auditório Tancredo Neves, em Brasília (DF).
O projeto quer aprimorar a resposta a desastres ambientais e eventos extremos no Brasil, fortalecendo a atuação dos Corpos de Bombeiros Militares e a integração entre as diversas forças operacionais para proteger a sociedade. O evento foi presidido pelo Secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo.
Atuação dos bombeiros
O Respad, com abrangência nacional, cria força-tarefa virtual composta por bombeiros de diferentes estados, que foram treinados, capacitados e nivelados de forma homogênea. Em caso de desastre, essas equipes serão acionadas rapidamente, sem custos fixos para o governo federal, pois os bombeiros permanecerão treinando e operando em seus estados, sem gerar despesas adicionais.
Inspirado em modelos de sucesso, como o dos Estados Unidos, o Respad permitirá resposta rápida e eficiente por meio de uma simples notificação no celular, garantindo agilidade nas operações. Os bombeiros serão deslocados conforme a necessidade do evento, sem impacto no orçamento federal, uma vez que os recursos serão utilizados de maneira pontual e estratégica.
A ideia do Respad surgiu após a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, que evidenciou a importância da atuação de bombeiros em grandes desastres.
Segundo o coronel Washington Luiz Vaz Júnior, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás e presidente do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares (Ligabom), o programa revolucionará a resposta do Brasil a desastres.
“Com o projeto, o governo federal terá um papel mais ativo e eficiente nas operações de resposta, fornecendo apoio necessário em equipamentos, recursos financeiros e logística”, afirmou o comandante.