Opinião

Ciúmes

A maturidade pode ser legítima provação para que o ciúme não envenene a alma. O ego, muitas vezes, fica surdo e cego à razão. Entretanto, quando bem explicado, a comunicação supera o ciúme e o seu comportamento pequeno.

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Paulo Hayashi Jr. é doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

Há inimigos gigantescos da alma e um deles é o ciúme que cria legítimos monstros mentais e emocionais que minam a segurança e a tranquilidade pessoal e interpessoal. Além disso, ele consome valiosos recursos e impede o sagrado repouso restaurador. A desconfiança é como brasa que pode queimar floresta inteira de esperanças e possibilidades. Não se pode dizer que o ciúme é o tempero das relações, pois nem todo ingrediente químico serve para a arte dos relacionamentos.

A pessoa que se faz alvo de ciúmes precisa ter a paciência e a comunicação justa para lidar de maneira a amenizar conflitos imaginários ou não. Todavia, a desconfiança pode ser desarmada com a ultrapassagem do ego para propósitos mais elevados e a busca pelo eu profundo. O ego gosta de pregar peças e também, aprecia criar conflitos para ser o centro da atenção. Por isso, a maturidade e a responsabilidade faz com que o indivíduo desperte para searas mais elevadas e produtivas, já que quem deixa o ego governar a vida é como o cavaleiro que prefere que o cavalo assuma o comando e a direção.

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A maturidade pode ser legítima provação para que o ciúme não envenene a alma. O ego, muitas vezes, fica surdo e cego à razão. Entretanto, quando bem explicado, a comunicação supera o ciúme e o seu comportamento pequeno. Apenas quem sabe de seus limites conhece também as formas de ir além. Aprender a confiar em si e no outro pode ser facilitado quando se encontra o caminho de Deus para que o equilíbrio e a harmonia sejam peças diárias da conduta e do comportamento humano.

Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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ARTIGO

Proibição do uso de celular em escolas. Por que é importante?

Nossas crianças estão adoecendo por conta da tecnologia. Não podemos negar que a tecnologia é muito boa e importante, mas ela não pode ter a dimensão que está tendo numa época tão importante quanto o desenvolvimento.

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Luciana Brites é psicopedagoga e CEO do Instituto Neurosaber.

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 30 de outubro de 2024, um projeto que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas públicas e privadas. Inúmeros trabalhos científicos falam que o uso do celular está tendo um impacto importante no desenvolvimento das nossas crianças. Isso tem impacto muito relevante, pois uma criança passa 200 dias letivos numa escola e no mínimo quatro horas por dia.

Todas as pesquisas neurocientíficas são a favor dessa medida, pois a criança poderá se envolver mais com os outros e trabalhar habilidades que estão sendo deixadas de lado. Há habilidades e competências no boom do desenvolvimento, os pontos sensíveis do desenvolvimento, por exemplo, que acontecem justamente na educação infantil e no fundamental. Então, precisamos preservar o cérebro e o desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento emocional e o aprimoramento em todas as áreas.

É fundamental os pais se prepararem. Aliás, isso é um ponto de reflexão para os próprios responsáveis. Porque, às vezes, há pais que acabam colocando na tecnologia uma dependência extremamente excessiva. E acabam pormenorizando as relações sociais que eles precisam desenvolver com os filhos.

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Estamos vendo crianças com problemas e atrasos de linguagem. Ou que não têm transtorno, mas que acabam desenvolvendo déficits de linguagem, déficits de habilidades sociais, além de ficarem mais ansiosas.

Nossas crianças estão adoecendo por conta da tecnologia. Não podemos negar que a tecnologia é muito boa e importante, mas ela não pode ter a dimensão que está tendo numa época tão importante quanto o desenvolvimento.

Por exemplo, desde 2018 já se têm pesquisas mostrando que na Inglaterra as crianças estão com dificuldade de segurar no lápis e habilidades básicas como escovar dentes. Isso se dá por não utilizarem as mãos, não utilizarem outras habilidades motoras. Elas estão perdendo essas funções e diminuindo as habilidades por conta dos aparelhos eletrônicos, como smartphones e tablets. A tecnologia é muito boa e pode ser uma grande aliada, mas ela tem que ser mediada. Mediada por quem? Pelos pais, pela família.

Os pais também devem ficar atentos aos sinais de agressividade. Se eles acontecem, já mostra uma dependência. A escola é um momento extremamente relevante onde a criança, além de aprender, desenvolve várias habilidades e competências, pois o cérebro é muito plástico.

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Inclusive, o projeto de lei fala algo muito importante, ele proíbe o porte. Já há pesquisas que mostram que o simples fato de termos o porte do celular, ele já é uma atividade que pode provocar distração. Por exemplo, uma criança de cinco ou de seis anos vai ter essa dificuldade em se autorregular e saber se agora pode ou agora não pode mexer. Não há malefícios, somente benefícios.

Luciana Brites é Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento

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