Opinião
Como o mercado brasileiro lida com a Inteligência Artificial?
No meu segmento, desde a explosão do ChatGPT quando foi lançado, vi profissionais testando e ‘ensinando’ a IA a construir OKRs, inclusive, postando seus resultados nas redes sociais de forma orgulhosa. Já vi executivos falando de boca cheia que agora seus OKRs seriam construídos com a ajuda de software com IA. Porém, o resultado que vi, tanto na rede social, como no software, continua igual.

O boom da Inteligência Artificial pelo mundo inteiro continua gerando polêmicas por onde passa, ao impactar diferentes áreas e segmentos. A mais recente está relacionada à IA de origem chinesa – a DeepSeek -, que vem dando o que falar, já que se apresenta como um modelo avançado, tendo a capacidade de realizar tarefas mais complexas e com custos operacionais em valor reduzido.
O lançamento da DeepSeek-R1, uma das versões da IA, fez com que o mercado – em especial o financeiro – ficasse abalado, e ações de empresas, como Microsoft e NVIDIA, registraram quedas expressivas em um curto período. Afinal, ninguém esperava o surgimento de um concorrente que se coloca em um patamar tão alto, trazendo abordagens aparentemente mais acessíveis e eficientes que o clássico Chat GPT, por exemplo.
No entanto, sempre costumo me questionar sobre a eficiência das inteligências artificiais. É inegável que funcionam e podem sim ser úteis em diversas tarefas e atividades do nosso dia a dia, facilitando alguns aspectos da rotina e tornando a entrega de determinadas atividades mais rápida e prática. Porém, será que as pessoas sabem o real impacto da IA no mercado brasileiro?
A verdade é que a maioria dos pontos envolvendo IA no Brasil ainda estão em uma fase de amadurecimento e podemos perceber isso diante da falta de habilidade das autoridades para lidarem com as questões, incluindo a sua regulamentação, que ainda não foi definida. Vejo muitas empresas curiosas e interessadas por tecnologias como a DeepSeek, diante de seus aparentes benefícios, mas sem saber ao certo como utilizá-la.
Neste sentido, acredito que para que a Inteligência Artificial realmente impacte o mercado brasileiro de forma positiva é necessário sair do frenesi e pensar em investimentos em recursos e profissionalização de uma maneira racional. Porque a partir do momento que temos recursos, é viável ter uma estrutura melhor, o que possibilita a capacitação de talentos, que estarão qualificados para lidarem com os diferentes tipos de IA e as possibilidades que ela oferece.
De acordo com os balanços divulgados recentemente, os investimentos em inteligência artificial de grandes empresas como Amazon, Microsoft, Google e Meta devem chegar a US$ 320 bilhões em 2025. Isso só mostra que apesar do “susto” com a DeepSeek, as big techs americanas pretendem continuar investindo na tecnologia. Isso reforça a importância do Brasil também se colocar nessa corrida, para que não fique muito para trás.
No meu segmento, desde a explosão do ChatGPT quando foi lançado, vi profissionais testando e ‘ensinando’ a IA a construir OKRs, inclusive, postando seus resultados nas redes sociais de forma orgulhosa. Já vi executivos falando de boca cheia que agora seus OKRs seriam construídos com a ajuda de software com IA. Porém, o resultado que vi, tanto na rede social, como no software, continua igual.
Ou seja, se não souber como usar a ferramenta, não vamos alcançar o benefício proposto pelo uso dela. Mais uma vez, dependemos primeiro da iniciativa livre dos cidadãos, afinal, temos vários capacitados para surfar esta onda e gerar valor para os indivíduos e para a sociedade. Do poder público, esperamos uma regulamentação e ajustes na legislação para que se possa colher os benefícios sem prejudicar os direitos individuais.
Pedro Signorelli é especialista em gestão
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ARTIGO
O candidato da Manchúria
Desde que assumiu a presidência, as ações de Donald Trump têm gerado grande impacto na geopolítica do mundo, especialmente em relação à Ucrânia, Rússia, Europa e China. Muitas dessas ações devem beneficiar drasticamente a Rússia e a China, alterando o cenário de poder global.

As ações que o presidente Trump está tomando são de uma absurdez tão grande e incrível que muitos julgam que ele esteja louco ou sofrendo de síndrome de superioridade ilusória no seu grau mais grave, afinal, ele realmente acredita possuir sapiência e inteligência comparável aos gênios da humanidade. A mim, parece-me ser outra situação: ele é o candidato da Manchúria.
O filme “The Manchurian Candidate”, de 1962, é um horror político dirigido por John Frankenheimer e estrelado por Frank Sinatra, Laurence Harvey e Angela Lansbury. A trama gira em torno do soldado norte-americano Raymond Shaw que é capturado durante a Guerra da Coreia e submetido à lavagem cerebral pelos comunistas chineses e russos, que o tornam um assassino implacável sempre que recebe uma ordem através de um jogo de cartas, especificamente a dama de ouros.
Shaw é manipulado pela própria mãe, Eleanor Iselin, uma mulher ambiciosa que conspira para levar seu marido, o senador John Iselin, à presidência dos Estados Unidos. Eleanor usa seu filho como instrumento para seus intentos.
“The Manchurian Candidate” foi um filme inovador, explorando a manipulação mental e as maquinações políticas durante a Guerra Fria, o que tornou o filme um clássico do cinema americano.
Desde que assumiu a presidência, as ações de Donald Trump têm gerado grande impacto na geopolítica do mundo, especialmente em relação à Ucrânia, Rússia, Europa e China. Muitas dessas ações devem beneficiar drasticamente a Rússia e a China, alterando o cenário de poder global.
Trump suspendeu a ajuda militar à Ucrânia após um encontro ofensivo e humilhante para o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. E ainda tentou impor à Ucrânia um acordo para beneficiar empresas americanas na exploração de minerais raros no país como parte do pagamento pela ajuda bélica… Nome bonito para o que na verdade é chantagem de um país em situação de vulnerabilidade.
Se o povo ucraniano não tivesse resistido com uma surpreendente coragem e ferocidade, os exércitos de Putin estariam mirando outro vizinho europeu. A Europa e os Estados Unidos combatem a Rússia por procuração, gastam dinheiro, mas não tem o desconforto das terríveis perdas humanas.
Trump afirmou que a ajuda será retomada quando Zelensky demonstrar boa fé com a paz… Em outras e duras palavras, quando aceitar submeter-se à Rússia, aceitando perder cerca de um quinto do território.
Além disso, Trump anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre o México e o Canadá, além da China, o que gerou apreensão nos mercados financeiros e quedas significativas nas bolsas de valores de vários países.
As tarifas comerciais impostas por Trump também afetarão a Europa e o Brasil. Com a política de reciprocidade, todos os países afetados taxarão os produtos norte-americanos, o que tornará nossos produtos mais competitivos inicialmente, talvez até gerando inflação no Brasil.
Certamente, a China ampliará seu comércio e influência, que já é grande, na África e América do Sul, tomando o lugar que os Estados Unidos têm hoje devido à sua poderosa economia. Efeito Manchúria!
Mario Eugenio Saturno é Professor Assistente da Escola de Teologia para Leigos São José de Anchieta da Diocese de Caraguatatuba, Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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