Opinião

Como promover a retenção de talentos na sua empresa?

É claro que uma empresa que investe em retenção de talentos não está sendo ‘boazinha’, pois também está pensando nos próprios benefícios de ter uma pessoa competente em sua equipe. Afinal, em períodos de demissões em massa e cortes de gastos, é preciso saber como manter os melhores profissionais na empresa e não perdê-los para a concorrência. No entanto, é preciso estratégias para isso.

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Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão

Recentemente tenho notado uma preocupação maior das empresas com a retenção de colaboradores, o que é um ótimo sinal, pois a partir do momento em que a organização percebe os talentos que têm e começa um processo para retê-los, todos os envolvidos são favorecidos. Por outro lado, muitos gestores não sabem como fazer isso da maneira certa, o que acaba afastando ainda mais a pessoa da empresa.

Segundo uma pesquisa realizada pela Glassdoor, aplicativo de emprego gratuito, quando o processo de recepção e integração de novos colaboradores – conhecido como onboarding –  é bem feito, torna-se possível ampliar a retenção de talentos em até 82% a longo prazo, o que também acaba elevando em até 70% as taxas de produtividade, pois se sentirão mais motivados e irão se engajar em suas tarefas.

Ou seja, podemos perceber que o processo para reter um talento começa desde o primeiro momento pós-contratação, nos primeiros dias de trabalho. Este contato inicial é importante para reforçar a cultura organizacional da empresa, fazer com que aquele colaborador se sinta bem-vindo e principalmente, perceba que tem um lugar seguro para compartilhar ideias, tirar dúvidas e exercer suas funções com segurança.

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É claro que uma empresa que investe em retenção de talentos não está sendo ‘boazinha’, pois também está pensando nos próprios benefícios de ter uma pessoa competente em sua equipe. Afinal, em períodos de demissões em massa e cortes de gastos, é preciso saber como manter os melhores profissionais na empresa e não perdê-los para a concorrência. No entanto, é preciso estratégias para isso.

Neste sentido, os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) – podem ajudar a gestão a ser mais próxima dos colaboradores, já que a ferramenta propõe uma participação maior do time, onde todos conhecem as funções e sabem da importância do trabalho de cada um para a empresa de forma geral, fazendo assim com que se sintam mais valorizados.

E valorização pode ser um dos segredos para a retenção de talentos. Muitos colaboradores tendem a procurar novos empregos quando passam a achar que não estão tendo o devido reconhecimento por suas ações e que suas habilidades estão sendo desperdiçadas. Isso pode acabar resultando na demissão de um bom profissional, o que é algo negativo para a sua empresa.

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Por essa razão, é importante que os colaboradores sejam ouvidos constantemente, para que seja possível promover um ambiente de trabalho agradável e assim extrair o máximo do potencial de cada um. Utilizar os OKRs para realizar esses ajustes frequentes pode ser vantajoso, com o objetivo de consertar o que não está funcionando e fortalecer a relação entre gestão e equipe.

Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão

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ARTIGO

Independência ou morte

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Carlos Nina é advogado e jornalista

São decorridos, neste setembro de 2024, 202 anos do “brado retumbante” ao qual se referiu Joaquim Osório Duque-Estrada nos versos que se consolidaram como o Hino Nacional e que estão na primeira estrofe: Ouviram do Ipiranga, as margens plácidas / De um povo heroico, o brado retumbante / E o Sol da liberdade, em raios fúlgidos / Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Mas a imagem que nos vem à mente é a tela do pintor paraibano de Areia, Pedro Américo de Figueiredo e Melo, que, contratado pelo Governo do Estado de São Paulo, produziu Independência ou Morte!, tela  que deveria corresponder ao grito do príncipe Pedro, às margens do Ipiranga.

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Pintura à parte, o que representou aquele rompimento de Pedro, que viria a ser o primeiro Imperador do Brasil?

É relevante para essa reflexão que se saiba que o príncipe fora instado a deixar o Brasil e ir para Portugal. Foi convencido a ficar por D. Leopoldina, então esposa de Pedro, que “via a conjuntura política com clarividência maior.” (CALÓGERAS, 1966, p. 89). Afinal, assinala o historiador, como pensamento íntimo de Pedro: “Com ele ou sem ele, o país se tornaria independente por qualquer forma”.

Daí a história do Fico, ocorrido dia 9 de janeiro de 1822, quando o Príncipe-regente, contrariando as ordens de Portugal, teria declarado: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico.”

Essa história de bem de todos e felicidade geral da Nação, portanto, é antiga. E as constituições brasileiras a repetiriam em seus preâmbulos. A primeira, de 1824, não se refere explicitamente à motivação expressa na célebre declaração de Pedro, mas, ao dissolver a Assembleia Constituinte, o já Imperador, em Manifesto de 16 de novembro de 1823, anuncia o quanto está “empenhado em promover a felicidade e a tranquilidade nacional” e almeja “paz, tranquilidade e prosperidade que a Constituição afiança e assegura.”

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Sete Constituições depois (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967/1969), a de 1988 proclama a intenção dos Constituintes: “instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus.”

É o que temos?

Carlos Nina é advogado e jornalista

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