De onde vem a energia usada em todo o ciclo de vida dos carros?

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Thiago Castilha atua há 20 anos no setor automotivo
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Thiago Castilha atua há 20 anos no setor automotivo


O carro elétrico vai dominar as ruas do Brasil.

Esta é uma das frases que os apocalípticos pregam por aí, atrás de likes e compartilhamentos nas redes sociais. Mas, nesta coluna, a gente gosta mesmo é de provocar e mostrar os muitos caminhos da mobilidade.

Sem hipocrisia, para falar de meio ambiente e carro elétrico, a origem da energia é muito importante. O impacto e emissões de carbono devem ser considerados em todo o ciclo de vida do veículo, desde a produção de insumos, baterias e, obviamente, o combustível que ele vai usar. Se um carro elétrico utilizar a energia produzida a partir de termoelétricas a carvão, ele pode poluir igual ou até mais que um carro movido a petróleo.

Outro mito muito comum é o que não tem energia para abastecer os carros movidos a eletricidade. De fato, o mundo tem déficit de energia. E em alguns lugares do mundo, como na Europa, a energia elétrica não vem de uma fonte renovável. Mas falando de Brasil, aqui a coisa é diferente.

Nosso país, como diz a música é “abençoado por Deus e bonito por natureza”. Temos hidroelétricas, somos líderes mundiais nos biocombustíveis, o Etanol está aí para demonstrar nossa competência. Os investimentos em usinas eólicas crescem a cada dia. E a energia solar está ocupando um espaço muito importante nas nossas matrizes energéticas.

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A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) registrou um crescimento de mais de 83% em um ano da geração de energia Solar. Entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, a produção de energia solar saltou de 14,2 gigawatts (GW) para os atuais 26 GW. Desde julho do ano passado, o crescimento médio da fonte solar tem sido de 1 GW por mês.

A energia gerada a partir de painéis solares se tornou, no início deste ano, a segunda maior fonte do país, ultrapassando a capacidade total de produção das usinas eólicas, segundo dados da Absolar e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A energia elétrica permanece dominante no país, com mais de 50% do parque nacional. As outras fontes de matriz elétrica são usinas a gás natural, biomassa, diesel, carvão mineral e nuclear.

Ter um carregador alimentado por energia solar é ter o melhor dos cenários
FreePik

Ter um carregador alimentado por energia solar é ter o melhor dos cenários

E caso, da noite para o dia, todos os carros do Brasil se transformassem em carros elétricos o aumento da demanda de energia seria de 1%. Em tempos normais, quando o Brasil crescia de verdade, o aumento da demanda era de 4 a 5% ao ano. Em outras palavras, dá sim para andar com seu carro elétrico aqui no Brasil, e se for energia limpa é melhor ainda.

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Agora que a gente sabe que vai ter combustível para o seu carro, seja movido a eletricidade ou a combustão, a pergunta que fica é o preço. Mesmo com todos os esforços do governo brasileiro e Estados, o mar internacional não está para peixe.

No último domingo (2), a Opep anunciou redução da produção de petróleo, o que impactou diretamente o preço do barril. Até o fechamento desta coluna, já estava na casa dos 8% de aumento no custo do barril. O etanol, que é uma opção, teve um aumento de 1,84% e o açúcar, que é um commodity e uma alternativa de produção nas usinas, está em alta também.

No caso da energia, o consumidor que usa a rede também fica refém das tarifas que podem ter variações e têm os custos das termoelétricas que são complementares e servem como suporte em caso de escassez de água nas hidroelétricas.

Agora quem tem painel solar é literalmente Deus enchendo o tanque do carro, ou melhor: a bateria.

Fonte: Carros

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CARROS E MOTOS

Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas

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Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
Divulgação

Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero

Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.

Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.

O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.

As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
Divulgação

As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso

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E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.

Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.

Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.

Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.

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Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.

O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
Divulgação

O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986

Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.

Fonte: Carros

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