Educação
Escolas do Futuro de Goiás formam mais de 12 mil mulheres
Número representa 56% do total de concluintes dos cursos de tecnologia e artes; vagas para novas turmas estão abertas.
As Escolas do Futuro de Goiás formaram mais de 12 mil mulheres em cursos gratuitos de tecnologia e artes desde 2021. O número representa 56,4% das 21,4 mil pessoas que concluíram algum curso técnico, de capacitação ou qualificação neste período, em uma das seis unidades da instituição de ensino profissionalizante do Governo do Estado.
Uma delas é a jovem Danielly Khalil, aluna da Escola do Futuro de Goiás Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia. Ela concluiu os cursos de Produção de Games e Interação Virtual e de Impressão em 3D e agora está cursando Desenvolvimento Web e Mobile. “Progredir em um ambiente dominado por homens é desafiador, mas também uma oportunidade de contribuir para que mais mulheres se sintam encorajadas a entrar na área da tecnologia”, afirma.
A grande quantidade de mulheres em cursos profissionalizantes reflete esforço do Governo, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), para despertar, desenvolver e acelerar a presença de meninas e mulheres nas áreas de ciência, tecnologia e pesquisa. “Foi para isso que lançamos o programa Goianas na Ciência e Inovação, que atua para incentivar a presença de mulheres nessas áreas”, diz o titular da Secti, José Frederico Lyra Netto.
O programa oferece vagas exclusivas para mulheres em cursos das Escolas do Futuro e outras ações da Secti, como cursos de robótica para crianças e adolescentes, além de vagas para manutenção e montagem de computadores. Fora isso, o Goianas na Ciência e Inovação também já lançou dois editais, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), com previsão de R$ 2 milhões de auxílio financeiro para o incentivo e promoção de projetos.
Ensino profissionalizante
Presentes em cinco cidades, as Escolas do Futuro têm foco na formação de jovens que estão cursando o ensino médio ou superior e pessoas que procuram recolocação profissional ou querem empreender. O projeto foi implementado em 2021, após celebração de convênio entre o Governo de Goiás, via Secti, e a Universidade Federal de Goiás (UFG). As unidades estão com mais de 2.269 vagas abertas e as inscrições devem ser feitas pelo site efg.org.br/editais.
“Nos países ricos, de cada 100 alunos matriculados no ensino médio, 44 também fazem curso técnico. No Brasil, esse número cai para 11. Vamos mudar essa história a partir de Goiás. Sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, nosso estado será referência em educação profissional e tecnológica para o país, assim como já é na educação básica”, relata o secretário José Frederico.
A oferta dos cursos está organizada em trilhas associadas a três eixos tecnológicos: Informação e Comunicação; Gestão e Negócios; ou Produção Cultural e Design. Há opções de cursos de capacitação, com duração de dois meses; de qualificação profissional, com duração de cinco meses; cursos técnicos de nível médio, com duração de aproximadamente dois anos; além de curso superior de tecnologia, com duração de cerca de três anos.
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EDUCAÇÃO
Caiado anuncia a criação do Agrocolégio Maguito Vilela
Projeto conta com apoio da Secretaria de Estado da Educação e da Emater Goiás. Unidade vai oferecer capacitação profissional a jovens do meio rural e facilitar inserção no mercado de trabalho.
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária, lançou, na quinta-feira (12), o Agrocolégio Estadual Maguito Vilela, unidade que funcionará no Centro de Treinamento da Emater Goiás. O projeto é inédito e vai oferecer ensino técnico profissional integrado ao Ensino Médio para jovens do meio rural. A previsão é que as primeiras turmas iniciem o curso em 2025.
O governador Ronaldo Caiado definiu a iniciativa como um avanço significativo na educação e no desenvolvimento agrário dentro do estado. “O governo está trabalhando em total parceria. Todos nós estamos de braços dados nessa ação inédita para levar a melhor qualidade de vida à população que vive no campo. É uma grande missão do Estado de Goiás e que faremos virar realidade”, ressaltou o chefe do Executivo goiano.
A implantação do Agrocolégio vai diversificar a oferta no ensino público com a formação de técnicos aptos a trabalhar na extensão rural ou dando sequência à sucessão familiar. A metodologia empregada alterna sala de aula com campo, incentivando os alunos a darem continuidade ao trabalho já realizado, por exemplo, pelos pais.
Com o novo modelo de aprendizagem, os estudantes passarão um mês no Agrocolégio em tempo integral e, ao retornarem para casa, poderão aplicar no campo o que aprenderam com os técnicos agropecuários e especialistas da Emater Goiás. “Não temos dúvida de que será uma referência para o Brasil inteiro esse trabalho conjunto. Mostraremos ao pequeno produtor rural que é possível trabalhar com novas tecnologias, mais produção e melhor qualidade de vida “, enfatizou o presidente da Emater, Rafael Gouveia.
A secretária de educação do estado de Goiás, Fátima Gavioli afirmou que a novidade ampliará as oportunidades de inserção no mercado de trabalho para jovens em uma área promissora. “Esses estudantes passarão uma parte do tempo na formação geral básica e colhendo o melhor que puderem nos laboratórios de solo. Mais uma vez, é a força da educação e do agro, do pequeno agricultor, sendo valorizada por essa gestão”, pontuou. Ela explicou que os alunos terão matérias da grade curricular do Ensino Médio e aulas específicas como técnicas agropecuárias.
Histórico
O Agrocolégio Estadual Maguito Vilela foi criado pela Lei Estadual nº 22.555, de 12 de março de 2024, para capacitar alunas e alunos da rede estadual oriundos do campo integrado à educação profissional, visando a permanência destes jovens no meio rural e a sucessão familiar. A capacitação oferece aos estudantes instruções sobre temáticas essenciais para a vida no campo, como irrigação, fitopatologia, entomologia e solos.
O projeto acontece na estrutura da Emater Goiás e conta com auxílio de profissionais especialistas de diversas áreas durante as práticas educativas. Todas as classes funcionarão em regime de internato e semi-internato durante o Tempo Escola. A expectativa é que o primeiro grupo tenha 60 estudantes distribuídos em duas turmas de 1ª série do Ensino Médio.
Já em 2026, a ideia é que a quantidade de alunos duplique, com 120 estudantes, sendo duas turmas de 2ª série com 30 jovens cada, e outras duas turmas de 1ª série, com a mesma quantidade. Em 2027, a previsão é que sejam 180 estudantes, contando com duas turmas de cada série, com 30 estudantes em cada. O prazo de inscrição para o cargo de gestor do Agrocolégio segue aberto pelos próximos 30 dias e o edital está disponível no site da Seduc (https://goias.gov.br/educacao)
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