Hedgepoint revisa para baixo estimativa da safra de café do Brasil em 2025/26

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A produção total de café do Brasil na safra 2025/26, que será colhida ao longo deste ano, foi revisada para 64,1 milhões de sacas de 60 kg, uma redução de 1,7% em relação à previsão anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Hedgepoint Global Markets.

A revisão para baixo reflete uma menor projeção para a safra de café arábica, apesar da estimativa mais elevada para a produção de canéforas (conilon e robusta). Esse cenário tem impulsionado os preços do café arábica, que registravam alta de cerca de 4% na Bolsa ICE na tarde desta segunda-feira, alcançando mais de 4 dólares por libra-peso.

A Hedgepoint agora projeta a safra de café arábica em 41,1 milhões de sacas, abaixo das 42,6 milhões estimadas anteriormente. O volume representa uma queda de 4,9% em relação à safra anterior. Segundo Laleska Moda, analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, a redução é atribuída às chuvas abaixo da média no Sul de Minas, Zona da Mata e São Paulo, além do aumento nas podas realizadas pelos produtores para priorizar a safra 2026/27.

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A menor oferta deve impactar as exportações brasileiras, que tendem a recuar em relação aos níveis recordes de 2024/25. A projeção da Hedgepoint é que os embarques de café arábica somem 35,7 milhões de sacas, queda de 3,6% em comparação com a temporada anterior. Em contrapartida, as exportações de canéforas devem atingir 11,9 milhões de sacas, um crescimento de 4,2%.

“Os estoques também podem iniciar o novo ciclo em patamares baixos, limitando novas vendas”, alertou Laleska Moda. No mercado interno, os torrefadores podem aumentar a presença de conilon nos blends, dado o preço mais elevado do arábica.

Produção de canéforas em crescimento

A safra de café canéfora no Brasil foi revisada para 23 milhões de sacas, acima da previsão anterior de 22,6 milhões, representando um crescimento de 14,3% em relação à temporada passada.

“As perspectivas para o conilon são positivas, impulsionadas por condições climáticas favoráveis no Espírito Santo, Bahia e Rondônia, além dos investimentos dos produtores”, destacou a Hedgepoint.

Apesar desse crescimento, os estoques de passagem podem iniciar o novo ciclo em patamares historicamente baixos. Com a menor produção em outros países, como o Vietnã, as exportações brasileiras de conilon devem aumentar. No entanto, a disponibilidade limitada pode restringir os embarques.

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“No mercado interno, a diferença de preços entre arábica e conilon deve estimular um maior consumo da variedade”, concluiu Laleska Moda.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Reforma Tributária: Transformação ou Risco Fiscal para o Brasil?

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A Reforma Tributária, finalmente em andamento, promete reconfigurar a economia brasileira e trazer mudanças significativas na maneira como empresas e consumidores lidam com tributos. Com um impacto profundo sobre o setor produtivo, ela levanta questionamentos: será uma revolução esperada ou mais uma armadilha fiscal? À medida que as novas regras se aproximam da implementação, especialistas apontam tanto oportunidades quanto desafios que poderão redefinir o ambiente de negócios no país.

A Promessa de Simplificação e os Riscos Envolvidos

A unificação de tributos como PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS no Imposto sobre Valor Adicionado (IVA-DUAL), composto pelo IBS (dos Estados e Municípios) e CBS (da União), é vista como uma tentativa de simplificar e tornar mais transparente o sistema tributário. No entanto, críticos alertam para a complexidade da transição e os possíveis impactos econômicos inesperados. Entre as preocupações, está o risco de aumento da carga tributária em setores como serviços e varejo, além da maior necessidade de capital de giro.

Lucas Ribeiro, tributarista e CEO da ROIT, explica que “a Reforma Tributária pode ser a grande virada de chave para destravar a economia brasileira, mas também traz armadilhas para aqueles que não se prepararem, principalmente durante o período crítico de transição entre 2026 e 2032. Quem não souber como calcular os impactos ou adaptar seus processos internos, poderá enfrentar sérios problemas de competitividade”.

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Desafios para as Empresas: Adaptação ao Novo Cenário

Para as empresas, a adaptação à Reforma Tributária será um verdadeiro desafio, comparável a uma partida de xadrez. Segundo Ribeiro, o planejamento tributário se tornará um dos maiores diferenciais competitivos no mercado: “Estamos diante de uma corrida pela eficiência. O empresário que souber dominar os dados, entender os resíduos tributários e se antecipar aos ajustes de preços, terá vantagem.”

Essa adaptação exigirá o uso de tecnologias avançadas e expertise especializada. Ribeiro destaca a importância da inteligência artificial para lidar com as complexidades da reforma. “Na ROIT, temos utilizado inteligência artificial para reapurar os tributos a partir dos dados do SPED e oferecer uma visão clara e precisa dos impactos da reforma. Isso é essencial para que as empresas possam tomar decisões assertivas.”

O Impacto para os Consumidores

Os consumidores, por sua vez, também sentirão os efeitos da Reforma. Embora haja a promessa de preços mais justos, os repasses de custos no curto prazo podem afetar o valor final dos produtos. Ribeiro alerta para o desafio da necessidade de liquidez das empresas, que pode resultar em aumento no preço final: “O aumento do capital de giro é um desafio subestimado. As empresas precisarão de mais liquidez para se adaptar, e isso pode impactar diretamente os consumidores.”

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A Necessidade de Preparação: Um Passo Essencial para a Sobrevivência

Com a entrada em vigor das novas regras, a preparação será essencial para a sobrevivência das empresas. Ribeiro conclui: “A reforma tributária exige adaptação rápida ao longo de 2025, mas também pode se tornar um grande diferencial competitivo para as empresas que souberem aproveitar as oportunidades. Aqueles que perceberem essa reforma como um trampolim para inovação e crescimento serão os líderes do mercado durante e após a transição.”

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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