Opinião

Nossa viagem futura

Não se vive por acaso, tampouco para si. Viver para a semeadura do conhecimento, da bondade e do amor é uma forma segura de pavimentar nossa trilha para chegar cada dia mais próximos de Deus.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

Rever parentes que há muitos anos não se via é salutar para reafirmar os laços familiares e o bem querer. Somos todos uma grande família e o tempo descortina o que temos na essência. Não somos seres que vivem para a matéria, mas o contrário. Somos espíritos que se utilizam da matéria para a perfectibilidade maior. Temos as sementes divinas, mas precisamos do cuidado e dos esforços para a correta germinação, desenvolvimento e frutificação.

Jesus Cristo é o jardineiro fiel que abençoa a todos e que não esquece de ninguém. Neste sentido, refletir sobre o passado e admirar o futuro representa planejar o presente para aproveitar cada momento.

Viver com sabedoria é ser aberto às aprendizagens e às lições do mundo. Quem aprende rápido acumula melhores resultados das escolhas do que aqueles que preferem persistir nos equívocos. Somos sempre o que escolhemos ser e fazer. Cabe a cada um ter a disciplina e a atitude de eterno aprendiz.

O tempo passa, a velhice do corpo vem, mas a tranquilidade da consciência leve chega apenas para aqueles que souberam semear as boas obras no seu devido momento. Olhar para o passado é uma volta a si como também as oportunidades realizadas, bem como os desperdícios. Infelizmente nem todos partem com a missão cumprida, quando a derradeira hora chegar. A viagem através do Aquerontes é certa, mas nem todos se preparam de modo adequado.

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Não se vive por acaso, tampouco para si. Viver para a semeadura do conhecimento, da bondade e do amor é uma forma segura de pavimentar nossa trilha para chegar cada dia mais próximos de Deus.

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ARTIGO

Do carré à paleta, qualidade da carne de cordeiro aguça paladares e incentiva produção nacional

A carne de cordeiro, antes vista como um produto exclusivo, está se popularizando entre os brasileiros. Enquanto boutiques, empórios e restaurantes focam na alta gastronomia, açougues e até uma rede de “atacarejo” parecem apostar em porções menores e mais acessíveis. Hoje, por exemplo, é possível encontrar embalagem com 300 gramas de tiras de costela por menos de R$22,00, algo antes inimaginável pela escassez na oferta e a histórica desorganização do setor.

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Walter Celani Júnior é zootecnista

A carne de cordeiro, antes vista como um produto exclusivo, está se popularizando entre os brasileiros. Enquanto boutiques, empórios e restaurantes focam na alta gastronomia, açougues e até uma rede de “atacarejo” parecem apostar em porções menores e mais acessíveis. Hoje, por exemplo, é possível encontrar embalagem com 300 gramas de tiras de costela por menos de R$ 22,00, algo antes inimaginável pela escassez na oferta e a histórica desorganização do setor.

Esse crescimento no consumo está relacionado à melhoria da qualidade dos cortes. Há alguns anos, a carne de cordeiro não seguia um padrão, o que resultava em cortes irregulares e forte rejeição. Muitas vezes, era proveniente de animais velhos, e o gosto considerado por muitos desagradável precisava ser mascarado por temperos fortes. Agora, com o investimento em raças específicas e processos mais eficientes, a história é outra. Hoje, os cordeiros são abatidos ainda jovens, com menos de seis meses, o que garante uma carne macia e saborosa, que pode ser temperada apenas com sal.

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Além disso, a indústria tem se mostrado criativa ao desenvolver produtos especiais, como linhas para churrasco e hambúrgueres, conquistando novos admiradores até mesmo em bairros de classe média. Isso é crucial para elevar o consumo per capita, que é inferior a 1 kg por ano, principalmente no Sudeste.

Tendência, inovações e rentabilidade 

O consumo de carne ovina é mais expressivo nas regiões Sul e Nordeste, que juntas concentram bem mais de 50% do rebanho nacional, estimado em 21,5 milhões de animais, segundo o Censo Agropecuário de 2022 do IBGE. A Bahia lidera a produção com 4,6 milhões de cabeças, seguida pelo Rio Grande do Sul com 3,4 milhões. No Sul, onde a lã sempre foi o principal foco, os criadores estão apostando em carneiros de alto desempenho para produção de carne de qualidade, atendendo também à indústria frigorífica, que paga até R$390 por arroba, além das bonificações para carcaças superiores.

As parcerias com os criadores também fortalecem o sucesso desse crescimento. Um exemplo é a VPJ Alimentos, que abate 12 mil cordeiros por ano e abastece mais de 700 pontos de venda, incluindo restaurantes, boutiques e supermercados, através de uma produção verticalizada. Esse modelo colaborativo permite que o setor continue a se organizar, aumentando a oferta e melhorando o produto final.

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Com a indústria apostando em qualidade, bonificações atrativas para os criadores e no crescente apetite dos consumidores, o futuro da carne de cordeiro parece promissor. O setor está se ajustando à medida que o consumo aumenta, e isso deve refletir em uma produção cada vez mais consistente e acessível.

Walter Celani Júnior é zootecnista

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