Vale do São Patrício

Presidente da Emater visita municípios da região do Vale do São Patrício que receberão serviços do Agro é Social

Ação levará cursos e serviços gratuitos e tem como objetivo qualificar a população e incentivar o empreendedorismo em Goiás.

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Presidente da Emater visita municípios da região do Vale do São Patrício que receberão serviços do Agro é Social. Foto: Divulgação

O presidente da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Rafael Gouveia, realizou agenda na terça-feira (21), na região do Vale do São Patrício. O objetivo foi anunciar a programação do Agro é Social que acontecerá dos dias 27 de novembro a 1º de dezembro em oito municípios da unidade regional.

O Agro é Social é uma iniciativa da Emater que visa capacitar a comunidade e incentivar o empreendedorismo através de cursos profissionalizantes, palestras, dias de campo e atendimentos gratuitos a toda população.

“Será uma semana inteira de ações simultâneas em oito municípios da região do Vale do São Patrício. Além dos cursos de capacitação, temos programação para crianças com o projeto Plantando Saberes”, destacou o presidente. Rafael Gouveia também ressaltou que “o objetivo é levar conhecimento para o homem e a mulher do campo, dando oportunidade para aumentar sua a renda, melhorar sua qualidade de vida, aproveitar melhor os recursos da sua propriedade e, assim, deixando a condição de vulnerabilidade social”.

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Durante a agenda, o presidente Rafael Gouveia passou por Ceres, sede desta edição, Uruana, Rialma e Santa Isabel. Além destes municípios, serão realizadas ações em Rianápolis, Vila Propício, Rubiataba e Nova América.

Crédito Social

Para incentivar o empreendedorismo, os alunos que realizarem os cursos oferecidos pela Emater e estiverem dentro dos critérios, poderão receber o Crédito Social. “É um fomento do Governo de Goiás para iniciar um negócio na área que ela foi capacitada, no valor de até R$5 mil. Por exemplo, um aluno que fez o curso de piscicultura, pode receber o dinheiro para iniciar a atividade na sua propriedade”, anunciou o presidente da Emater, Rafael Gouveia.

Por meio da capacitação e do Crédito Social, a Emater proporcionará condições técnicas e financeiras para que os participantes consigam empreender e aumentar a sua rentabilidade, melhorar sua qualidade de vida, além de fomentar a economia do município.

Para participar do Agro é Social na região do Vale do São Patrício, os interessados devem procurar as unidades locais da Emater e os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) no município que reside.

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Solenidade de encerramento

O último dia do Agro é Social terá uma programação especial. Para o encerramento da ação, será realizada uma solenidade para entrega dos certificados aos participantes dos cursos, apresentações culturais, atendimentos técnicos, atividades para crianças e a realização da “Feira do Produtor”, onde serão comercializados os alimentos cultivados e produzidos pela agricultura familiar.

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Cultura

Jaraguá: Descoberta arqueológica é legado para história goiana

O trabalho na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em obras de restauração e requalificação, revela cemitério de mais de 200 anos.

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Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos em Jaraguá. Foto: Secult Goiás

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá no Vale do São Patrício, surgido em 1736, foi erguida 40 anos depois, em 1776, pela irmandade de negros de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Em seus 248 anos, recebeu obras de manutenção, mas nada tão grande como a que vem sendo executada agora, dentro do projeto Fé, Religiosidade e Devoção, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O trabalho de restauração e requalificação revelou um grande cemitério com restos mortais possivelmente de africanos escravizados e negros libertos, formado por mais de 200 anos na avaliação de arqueólogos.

A obra, que começou em maio deste ano e está sob a responsabilidade da empresa de engenharia, vencedora do processo licitatório, e tem contribuído para trazer à luz um pouco da história de um dos mais antigos municípios do Estado.

A igreja de arquitetura colonial foi erguida em um terreno em aclive e ao longo dos anos ganhou estruturas urbanísticas a seu redor. Sob o calçamento externo, foram retiradas, em novembro, 35 ossadas humanas, para dar passagem ao canal de drenagem que vai escoar águas pluviais, uma obra necessária para evitar impactos na parte estrutural do templo.

Ossadas humanas encontradas. Foto: Reprodução

A retirada do assoalho de madeira no interior da igreja também mostrou a existência de 56 campas funerárias, todas numeradas. Ali não houve trabalho de escavação arqueológica e tudo será mantido como foi encontrado. “Será preservado como era antes, embora estruturas de concreto estejam sendo instaladas sob o assoalho para garantir maior durabilidade do piso de madeira”, explica Lucas de Araújo, arquiteto da prefeitura, que tem acompanhado de perto a obra.

Assoalho de madeira no interior da igreja também mostrou a existência de 56 campas funerárias. Foto: Reprodução

Uma outra intervenção importante ocorreu na parede frontal, que estava inclinada e precisou ser refeita com o mesmo material vernacular retirado da igreja, trabalho que exigiu o olhar atento do mestre de obras João Filho da Silva.

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A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos remete ao surgimento de cidade de Jaraguá, que, segundo a historiadora Dulce Madalena Rios Pedroso, “nasceu sob o signo do ouro”. A exploração aurífera começou com negros faiscadores, que eram hábeis em encontrar minas. Naqueles idos, lembra a arqueóloga do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Margareth de Lourdes Souza, as igrejas eram os locais de sepultamento. “Acredito que seja uma área densamente ocupada e com sepultamentos sobrepostos. Tudo isso tem relevância porque contribui para o conhecimento da história local.” A igreja é tombada pelo Iphan desde 1959 e o órgão tem fiscalizado as intervenções.

O trabalho é minucioso. O telhado foi trocado e as esquadrias de madeira (portas e janelas) substituídas, preservando as características originais. Além de renovar a parte hidráulica e elétrica, no interior serão restaurados os bens artísticos, como o altar-mor, o forro da capela-mor, o altar lateral, o arco cruzeiro, o púlpito e o coro.

O arquiteto Lucas de Araújo ressalta que o templo erguido por negros no período escravocrata é um dos últimos de matriz africana ainda de pé em Goiás, a exemplo da Igreja de Santa Efigênia, em Niquelândia. Além de receber recursos de acessibilidade, banheiros serão construídos na área externa, sem interferir na fachada histórica.

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