São Paulo já tem pior ano para queimadas desde 2014

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As queimadas no estado de São Paulo já acumulam um aumento de 60% em relação ao período de janeiro a setembro de 2019. Mesmo antes do fim deste mês de setembro, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o estado já registrou 4.264 focos de incêndio de janeiro até ontem (14), enquanto nos primeiros nove meses de 2019, foram registrados 2.666.

Os incêndios registrados até o momento já superam todos os focos de queimadas do ano passado (3.074) e nos quatro anos anteriores. Em 2014, os satélites do Inpe identificaram 4.490 pontos de incêndio no estado ao longo de todo o ano. No mês de setembro, as 1.520 queimadas ocorridas nos primeiros 14 dias superam as ocorrências no mês inteiro em 2018 e 2019. Em setembro de 2017 foram identificados 1.930 focos de incêndio.

Em São João da Boa Vista, um incêndio atinge a mata da região da Serra da Mantiqueira desde o último dia 5. Na quinta-feira passada (10) o governador João Doria esteve no local para acompanhar os trabalhos de combate ao fogo. O enfrentamento do desastre é feito principalmente por terra, com as equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, auxiliados por helicópteros e aviões agrícolas.

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Falta de chuva

De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo (Sima) a região de São João acumula 100 dias sem chuvas significativas (acima de 10 milímetros). Além disso, a nota enfatiza que se for levado em consideração o acumulado de precipitação do período entre abril e setembro dos últimos anos, será observado que os dados interpolados de precipitação deste município ficaram mais baixos este ano, se comparado com os demais.

Combate ao fogo

A falta de chuvas e as altas temperaturas são as principais causas dos incêndios no estado, segundo a Sima. Em um programa que integra vários órgãos, a secretaria disse que amplia a fiscalização contra queimadas nessa época do ano. O trabalho foi reforçado, segundo a pasta, com 152 novas viaturas para a Polícia Militar, além de 18 drones.

Hoje (15), o secretário nacional da Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, disse que na semana passada se reuniu com os secretários de todos os estados para discutir as queimadas em cada região. Ele destacou a preocupação com a situação de São Paulo e Minas Gerais, além da gravidade dos incêndios enfrentados no Pantanal.

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Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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GERAL

Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos

Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.

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Deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil). Foto: Divulgação

Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo  alimentos, sem restrições ou constrangimentos.

O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.

Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.

Diabetes

Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.

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São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.

Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.

Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.

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Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.

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