Opinião
Valorização
Apenas quem trabalha sem reclamar consegue fazer com disciplina e zelo, amor e sabedoria ao brilho das estrelas. O peregrino cósmico apenas consegue encontrar o rumo certo quando faz a viagem interior e deixa de lado as amarguras, o medo, a inveja e o ciúmes.
Todo indivíduo tem valor. Todavia, alguns se conhecem melhor e se valorizam com o tempo devido ao seu autoconhecimento. Toda pessoa que se conhece sabe de seus pontos fortes, das suas áreas ainda imperfeitas que necessitam de correções e de suas fortalezas interiores. Mais do que alguém que vem ser socorrido de fora para dentro, o inverso. O indivíduo tem consciência e sabe de sua missão individual na Terra, bem como da transitoriedade da existência. A vida é uma jornada hercúlea que precisa do estímulo correto, bem como do esforço de aprimoramento.
Saber a verdade e separar o joio do trigo faz parte da tarefa exaustiva do crescimento pessoal. A jornada de autodesenvolvimento implica em amadurecimento psicológico e espiritual. As agruras da batalha são formas de fortalecimento, tal como lições a serem aprendidas. Ter atrito e conflitos são formas de avançar e de acelerar o processo de aprendizagem. Mais do que cultivar eternamente as dificuldades, o pragmatismo de resolver sem pestanejar e de colher os frutos adiante. O bom senso aplicado as dificuldades, a vitória sobre a sua sombra, imperfeições e más tendências faz do ser presente potencial anjo do futuro.
Apenas quem trabalha sem reclamar consegue fazer com disciplina e zelo, amor e sabedoria ao brilho das estrelas. O peregrino cósmico apenas consegue encontrar o rumo certo quando faz a viagem interior e deixa de lado as amarguras, o medo, a inveja e o ciúmes. Ademais, a luta interna é exequível, desde que se tenha o apoio correto. Jesus está sempre em nosso caminho para a vida e a verdade.
Paulo Hayashi Jr. é doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.
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ARTIGO
Legado ou prisão?
O testamento é um ato unilateral e na maioria das vezes desconhecido dos herdeiros ou legatários até a morte do testador. Daí que as surpresas podem ser extremamente desagradáveis e de difícil interpretação.
Gosto de refletir sobre palavras antitéticas que tenham o mesmo número de letras. Assim, para a palavra legado, a antitética é prisão. Explico. Quando nos comprometemos com algo que não concordamos ou não entendemos, o legado vira uma prisão.
Na minha jornada profissional, vi muitos testamentos sendo questionados, herdeiros irritados e outros aprisionados na vontade do testador. Por isso, a experiência de quem já viveu 94 anos intensos, participando de inúmeros negócios e conhecendo diversas dinâmicas familiares me encanta.
“Eu tenho mais uma sugestão para todos os pais, sejam eles pobres ou ricos. Quando seus filhos estiverem maduros, peça para eles lerem seu testamento antes de você assiná-lo. Tenha certeza que cada filho entenda tanto a lógica de suas decisões quanto as responsabilidades que eles vão encontrar depois da sua morte.Se algum deles tiver dúvidas ou sugestões, escute com cuidado e adote as que você considerar sensatas. Você não quer seus filhos perguntando
“por quê?” em relação a decisões testamentárias quando você não for mais capaz de responder”.
Essa é parte da carta de Warren Buffett publicada essa semana e replicada em várias redes sociais. O alerta é de extrema importância: discuta com seus filhos suas ideias para que elas possam ser executadas quando você não estiver mais aqui!
Em outras palavras, cuide para que seus desejos sejam um legado e não uma prisão para os beneficiários.
O testamento é um ato unilateral e na maioria das vezes desconhecido dos herdeiros ou legatários até a morte do testador. Daí que as surpresas podem ser extremamente desagradáveis e de difícil interpretação.
Buffett alerta para esse fato e previne a todos para que discutam os termos de suas últimas vontades, acrescentando: “Ao longo dos anos, eu recebi perguntas e comentários de todos os meus três filhos e com frequência adotei suas sugestões. Não há nada de errado com eu ter que defender meus pensamentos. Meu pai fez o mesmo comigo”.
Ele também afirma que altera seu testamento a cada dois ou três anos e tenta deixar as coisas simples porque ao longo dos anos viu muitas famílias se separarem depois que tomaram conhecimento do testamento. Os desejos do testador deixaram os beneficiários confusos e algumas vezes com raiva.
Em sua carta, ele diz que os ciúmes junto com desprezos reais ou imaginários durante a infância, são ampliados particularmente quando alguns filhos são favorecidos seja em termos monetários ou de posição de prestígio.
Afirma que conhece alguns casos onde testamentos de pais ricos que foram completamente discutidos antes da morte ajudaram a tornar a família mais próxima. E faz uma pergunta inquietante: “o que pode ser mais satisfatório?”
Construir um legado ou uma prisão está em nossas mãos.
Melina Lobo é Conselheira de Administração e Advogada
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