Terceiro maior meteorito do Brasil chega à UFRJ
O Museu da Geodiversidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu, hoje (12), o terceiro maior meteorito do Brasil. A rocha, de 4,5 bilhões de anos, ficará exposta ao público no museu, na Cidade Universitária, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
A descoberta desse meteorito de quase duas toneladas foi feita em 1992 e reconhecida pela comunidade científica internacional em 2011. Os pesquisadores acreditam que a rocha extraterrestre caiu há mais de mil anos onde hoje fica a cidade goiana de Campinorte.
O meteorito é composto principalmente por metais ferro-níquel e foi classificado como “não grupado”, por ser diferente de todos os outros descobertos no planeta Terra. A possibilidade de estudar esse tipo de rocha é considerada de grande relevância científica, já que corpos asteroidais dão pistas sobre a formação e a evolução do Sistema Solar.
Para chegar até a universidade, a rocha teve que ser adquirida e transportada para um espaço preparado no museu, a um custo de R$ 350 mil. A maior parte desses recursos saiu da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), que doou R$ 350 mil. A ação também contou com o apoio da Fundação Coppetec, do próprio Museu de Geodiversidade, da Casa da Ciência da UFRJ, e de pesquisadores do Museu Nacional.
O UFRJ já abriga os dois maiores meteoritos descobertos no Brasil, o Bendegó e o Santa Luzia, que ficavam expostos no Museu Nacional e resistiram ao incêndio que destruiu o Palácio Paço de São Cristóvão, em setembro de 2018.
Edição: Fernando Fraga
GERAL
Expectativa de vida no Brasil em 2023 chega a 76,4 anos
A esperança de vida do brasileiro ao nascer, também conhecida como expectativa de vida, passou a ser de 76,4 anos. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de novas projeções populacionais, divulgadas nesta quinta-feira (22).
Os dados mostram que as expectativas de vida no país, para quem nasceu em 2023, são de 79,7 anos para as mulheres e de 73,1 anos para os homens.
O IBGE também divulgou dados revisados para a expectativa de vida referentes a anos anteriores. De acordo com o IBGE, em 2019, um ano antes da pandemia de covid-19, por exemplo, a estimativa era de 76,2 anos, de acordo com os dados revisados pelo instituto.
Pandemia
Em 2020, a esperança de vida ao nascer recuou para 74,8 anos, caindo ainda mais em 2021, para 72,8 anos, ou seja, uma perda de 3,4 anos em relação a 2019. Em 2022, houve a primeira recuperação da expectativa de vida, que passou a ser de 75,4 anos, ainda abaixo de 2019.
Em 2023, a expectativa conseguiu, portanto, superar a estimativa de 2019. De acordo com as projeções do IBGE para as próximas décadas, a expectativa de vida deve chegar 77,8 anos em 2030, a 79,7 anos em 2040, a 81,3 anos em 2050, a 82,7 anos em 2060 e a 83,9 anos em 2070.
Para as mulheres, as projeções são de 81 anos em 2030, 82,6 anos em 2040, 84 anos em 2050, 85,2 anos em 2060 e 86,1 anos em 2070. Para os homens, as estimativas seriam de 74,6 anos em 2030, 76,7 anos em 2040, 78,6 anos em 2050, 80,2 anos em 2060 e 81,7 anos em 2070.
“A gente teve esse choque externo de mortalidade, que foi a pandemia. Observamos o efeito disso em 2021 e 2022 e, após esse período, a gente já está observando um retorno à tendência histórica. A gente projeta que a esperança de vida ao nascer vá aumentando ao longo do tempo e diminuindo o diferencial entre homens e mulheres, principalmente relacionado com uma diminuição dos óbitos por causas externas”, explica a pesquisadora do IBGE Cíntia Agostinho.
O aumento da expectativa de vida, associada à redução da taxa de fecundidade, leva a um envelhecimento da população. De acordo com o IBGE, a proporção de idosos (com 60 anos ou mais) no país passou de 8,7% em 2000 para 15,6% em 2023.
Em 2070, espera-se que 37,8% dos habitantes do país sejam idosos, ou seja, mais do que o dobro de hoje.
Idade média e mortalidade infantil
A idade média da população, que era de 28,3 anos em 2000, subiu para 35,5 anos em 2023 e deve atingir os 48,4 anos em 2070.
A taxa de mortalidade infantil, que era de 28,1 por mil nascidos vivos, em 2000, passou para 12,4 por mil em 2022, sendo 13,4 para meninos e 11,4 para meninas. A projeção é de que, nas próximas décadas, a taxa continue caindo e, em 2070, atinja 5,8 por mil, sendo 6,1 para meninos e 5,4 para meninas.
Fonte: EBC GERAL
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