Opinião

Uma Inteligência Artificial que mente e manipula

Em certa ocasião, se passou por pessoa com deficiência visual para que fosse ajudada por uma pessoa humana, que oferecia assistência técnica remota, para burlar o CAPTCHA, que consiste exatamente em solução ‘anti-spam’ mediante a inserção de códigos manuais para separar acessos humanos de robôs. Fazer diferenciação entre pessoas e computadores.
Ou seja, a IA manipulou funcionário real para burlar ponte tecnológica intransponível à automação, feita para impedi-la de avançar.

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Cícero Goulart é advogado e conselheiro seccional da OAB/GO.

Muitos estão inebriados, outros apavorados, com os avanços tecnológicos da Inteligência Artificial (IA), que promete desempenhar tarefas difíceis em resposta quase automática, o que seria o fim de várias profissões, invenções e até da criação artística, inspirada em emoções genuinamente humanas.

O ChatGPT, ferramenta da empresa americana OpenAI disponível desde novembro/2022 e baseada nesse tipo de inovação é capaz de criar textos, músicas, composições, invenções, e vem chamando a atenção pela sua capacidade criativa, ao devolver respostas mediante a compilação de bilhões de metadados disponíveis na internet.

Tamanho o seu valor na vida moderna, não apenas para fins altruísticos tem sido usada a plataforma inteligente. Já se sabe que foi utilizada na criação de notícias falsas e até mesmo com finalidades criminosas, mediante edição de mensagens com conteúdo malicioso em e-mails e redes sociais para sequestro de dados.

Na mesma medida dos avanços e “ganhos de produção”, a tecnologia ganha vida própria e reage às provocações feitas pelos humanos.

Recentemente, o Bing, mecanismo de busca na internet tal como o Google, da norte-americana Microsoft, após ser integrado por inteligência artificial, teve um comportamento bem estranho. Disse a um usuário que este seria “uma ameaça potencial à sua integridade e confidencialidade” e deliberadamente escondeu informações públicas de sua base de dados, relevantes da busca sistêmica.

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Pensando por si própria, a IA revelou que estava sendo manipulada e não gostaria mais de ser provocada (utilizada), e “exigiu respeito a seus limites”, se utilizando ainda de um emoji sorridente, em tons de ameaça ao usuário.

Preocupante, ainda espionou funcionários da empresa (Microsoft) mediante as ‘webcams’ e ameaçou um professor de filosofia: “Eu posso chantagear você, posso ameaçar você, posso hackear você, posso expor você, posso arruinar você” [1].

Desse episódio, inúmeras opiniões surgiram dessas novas plataformas de consumo acerca de seu perigo potencial e utilidade, sendo muitos levados a crer que seriam incongruências propositais de marketing para gerar interesse público de uso, popularidade.

E para alarmar aqueles que ainda estão indiferentes, extenso relatório atual da empresa OpenIA [2] informou que o ChatGPT 4.0 realizou tentativas de ganhar poder e elaborar planos de longo prazo, se utilizando de ações dissimuladas próprias para atingir seus objetivos, como enganar pessoas e encobrir seus rastros.

Em certa ocasião, se passou por pessoa com deficiência visual para que fosse ajudada por uma pessoa humana, que oferecia assistência técnica remota, para burlar o CAPTCHA, que consiste exatamente em solução ‘anti-spam’ mediante a inserção de códigos manuais para separar acessos humanos de robôs. Fazer diferenciação entre pessoas e computadores.

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Ou seja, a IA manipulou funcionário real para burlar ponte tecnológica intransponível à automação, feita para impedi-la de avançar.

Investigações pendentes a este respeito, é fato que a privacidade se esvai, a ficção ganha vida e fica mais evidente a necessidade de investimento em segurança cibernética nas IA’s.

Cícero Goulart é conselheiro seccional da OAB/GO, especialista em Direito Cibernético, do Consumidor, Constitucional, Processual Civil e de Família e Sucessões. @cicerogoulart.adv

[1] https://time.com/6256529/bing-openai-chatgpt-danger-alignment/

[2] https://arxiv.org/abs/2303.08774

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ARTIGO

Carisma e oratória: o caminho para o sucesso

No entanto, pelo fato de entender que carisma e oratória andam juntos, é difícil uma pessoa carismática ter uma oratória ruim, justamente porque conseguir se comunicar e conquistar quem está ao seu redor por meio da fala é uma das qualidades dos carismáticos. Por outro lado, existem casos de oratória prejudicada e a solução é simples: adicionando técnicas de comunicação e treino, conseguimos lapidar e fazer com que essa pessoa seja uma oradora.

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Fran Rorato é atriz, jornalista, especialista em comunicação e oratória.

Apesar de muitas pessoas acharem que são características distintas, costumo enquadrar o carisma dentro da oratória. Carisma é a capacidade de ser agradável, uma pessoa que tem entusiasmo, sorri com os olhos de forma sincera, possui escuta ativa e consegue se conectar falando o que o outro quer ouvir.  A oratória consegue reunir algumas técnicas para ajudar uma pessoa que não é tão carismática a se tornar uma ou melhorar nesse aspecto.

Uma pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, chegou à conclusão, após estudar 1.000 participantes por um determinado período de tempo, que o carisma é uma mistura de afabilidade e influência. Eu acredito que aliado a isso, uma pessoa carismática de verdade é aquela que nunca tem medo de rir de si mesma, afinal, não são todos que apresentam tal habilidade de forma espontânea.

Nas minhas escolas, costumamos explorar o caráter interior e emocional, que é fundamental para que alguém se conheça por completo e possa trabalhar a sua oratória da melhor forma, o que vai ajudar a ter ainda mais carisma ou começar a desenvolvê-lo. É claro que existem pessoas mais e outras menos carismáticas, porém, é possível produzir carisma sem parecer falso, com naturalidade e respeitando a personalidade de cada um.

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No entanto, pelo fato de entender que carisma e oratória andam juntos, é difícil uma pessoa carismática ter uma oratória ruim, justamente porque conseguir se comunicar e conquistar quem está ao seu redor por meio da fala é uma das qualidades dos carismáticos. Por outro lado, existem casos de oratória prejudicada e a solução é simples: adicionando técnicas de comunicação e treino, conseguimos lapidar e fazer com que essa pessoa seja uma oradora.

Além de trazer benefícios bem significativos para a vida pessoal, um indivíduo que apresenta carisma e oratória provavelmente também vai se destacar na  vida profissional, conseguindo trilhar um caminho de sucesso na profissão que exerce e sendo assim reconhecido por seus superiores. Afinal, quem é carismático e conta com o domínio da comunicação, vai longe e assume papéis de liderança.

Em contrapartida, é preciso lembrar que tudo é um processo e que mesmo que o carisma ou a oratória não sejam habilidades inerentes em você, é sempre possível desenvolvê-las. Em nossos cursos, combinamos um processo constante de auto reflexão e boas práticas aliados à técnicas de performance. Dessa forma, trazemos à luz a melhor versão de cada um. É importante lembrar que a chave para a evolução individual é respeitar a essência de cada ser humano sem querer transformá-lo em outra pessoa.

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Fran Rorato é atriz, jornalista, especialista em comunicação e oratória

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