No ano passado, a Ford vendeu 119.454 automóveis

Ford anuncia encerramento da produção de veículos no Brasil

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Nesta segunda-feira (11), a Ford anunciou que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil em 2021. No país desde 1919, a marca manterá apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, e o campo de provas e sua sede administrativa para a América do Sul, ambos em São Paulo.

Em Taubaté, ao menos 830 funcionários serão demitidos. Já a fábrica de Horizonte emprega 470 pessoas. As fábricas de Camaçari (BA), que produzia Ka e EcoSport, e Taubaté (SP), que fabrica motores e transmissões, serão fechadas imediatamente, reduzindo a produção às peças para estoques de pós-venda.

No último trimestre de 2021, será fechada também a planta da Troller, em Horizonte (CE). A empresa afirma que irá trabalhar em colaboração com os sindicatos para “minimizar os impactos do encerramento da produção”.

Com a decisão, os modelos nacionais terão suas vendas interrompidas assim que terminarem os estoques.

A partir disso, os veículos comercializados no mercado brasileiro passarão a ser importados, principalmente das unidades de Argentina e Uruguai, além de outras regiões fora da América do Sul. Entre os próximos modelos já confirmados pela Ford, estão os novos Transit, Ranger, Bronco e Mustang Mach1.

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“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford.

“Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, completou.

No ano passado, a Ford vendeu 119.454 automóveis, segundo dados da Anfavea. O resultado representou uma queda de 39,2% na comparação com 2019. A queda observada foi maior do que a registrada pelo segmento de automóveis. Em 2020, o tombo foi de 28,6%, para 1.615.942.

Também como parte do seu plano de reestruturação global, a Ford encerrou, em 2019, a produção na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), depois de 52 anos atuando na produção de veículos em São Bernardo do Campo. Em outubro, foi concluída a venda da fábrica do ABC paulista para a Construtora São José e com a FRAM Capital.

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Como consequência, a marca deixou de vender no Brasil o Fiesta, um de seus modelos de maior sucesso, e abandonou o mercado de caminhões no país. A fábrica da Ford empregava 2.350 funcionários e, desses, apenas mil, que são da área administrativa, foram mantidos.

Em nota, a companhia afirmou que, entre os potenciais compradores, priorizou durante a seleção os projetos que melhor atendessem às necessidades da região, comemorou a transação e agradeceu aos envolvidos no negócio.

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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