Opinião

Dicas práticas para empreendedores na Black Friday 2024

Educador financeiro explica como potencializar as vendas na data.

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João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais.

Com a proximidade da Black Friday, considerada uma das datas comerciais mais importantes do ano, especialmente no Brasil, muitos empreendedores começam a buscar por diferentes estratégias para conseguirem alavancar as suas vendas e conquistar cada vez mais clientes, sem gerar um comprometimento na saúde financeira de seus negócios.

O educador financeiro, João Victorino, explica que para muitos empreendedores, o maior desafio é ajustar o planejamento financeiro e o controle de estoque para uma demanda temporária e intensa. “Um erro recorrente é conceder descontos sem uma avaliação clara das margens de lucro. Afinal, descontos agressivos, sem a devida análise, podem gerar vendas em volume, mas com prejuízos sérios para o caixa”, ressalta.
Com o objetivo de compartilhar orientações para os pequenos empresários aproveitarem ao máximo a data, João decidiu elencar algumas dicas que considera fundamentais para quem deseja potencializar suas ações nesta Black Friday:

1. Controle de estoque e logística
Um dos principais problemas durante a Black Friday são produtos esgotados ou atrasos nas entregas, o que compromete a experiência do cliente e a imagem da marca. Recomendo que os empreendedores se antecipem na negociação com fornecedores e monitorem o estoque em tempo real para evitar surpresas. Oferecer frete grátis pode ser um diferencial, mas deve ser planejado para regiões específicas ou para pedidos acima de determinado valor.

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2. Comunicação clara e ofertas atrativas
Uma comunicação eficaz consegue engajar o público de fato. Com tantas marcas disputando a atenção do consumidor, é fundamental que as ofertas sejam atrativas e bem explicadas. A comunicação clara e uma campanha bem segmentada podem ser decisivas para atrair o consumidor certo e evitar abandonos de carrinho. Sugiro que os empreendedores utilizem e-mails promocionais com contagem regressiva e explorem as redes sociais para criar expectativa e engajamento.

3. Atendimento eficiente
O atendimento ao cliente merece atenção redobrada, pois o aumento do volume de pedidos pode sobrecarregar a equipe, e um atendimento eficiente durante a Black Friday pode ser o diferencial para fidelizar o cliente. Automatizar parte do atendimento com chatbots para dúvidas frequentes é uma alternativa interessante, além da importância de um pós-venda bem estruturado. Uma mensagem personalizada agradecendo a compra e oferecendo um cupom para futuras aquisições pode criar um vínculo positivo com o cliente.

4. Análise de dados
O empreendedor deve finalizar a Black Friday com uma análise detalhada dos resultados da campanha. Esse monitoramento de métricas como faturamento e taxa de conversão permite que os empresários aprendam com cada campanha, otimizando futuras ações. A Black Friday não termina nas vendas, por isso é essencial usar os dados para entender o comportamento dos consumidores e planejar campanhas futuras com maior precisão.

5. Diferencie Black Friday e Natal: evite a “contaminação” entre as datas
É importante deixar claro para o cliente a separação entre as datas da Black Friday e do Natal, destacando o objetivo de cada uma. No Brasil, essa distinção ainda causa incertezas no comércio, já que muitas compras de Natal são antecipadas durante a Black Friday. Os descontos são característicos da Black Friday, enquanto o Natal tem outra proposta. Exagerar nos descontos ou errar a mão nas estratégias pode impactar negativamente os resultados, especialmente se as vendas no Natal forem fracas por conta dessa ‘contaminação’.

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Para o educador financeiro, a preparação antecipada e o acompanhamento de cada etapa da campanha são os segredos para o sucesso na Black Friday. “Cada desafio superado é uma chance de aprendizado e crescimento, e uma Black Friday bem-sucedida não só aumenta as vendas, mas também reforça a confiança dos clientes na marca”, finaliza João.

João Victorino é administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e educador financeiro, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School.

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Legado ou prisão?

O testamento é um ato unilateral e na maioria das vezes desconhecido dos herdeiros ou legatários até a morte do testador. Daí que as surpresas podem ser extremamente desagradáveis e de difícil interpretação.

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Melina Lobo é Conselheira de Administração e Advogada.

Gosto de refletir sobre palavras antitéticas que tenham o mesmo número de letras. Assim, para a palavra legado, a antitética é prisão. Explico. Quando nos comprometemos com algo que não concordamos ou não entendemos, o legado vira uma prisão.

Na minha jornada profissional, vi muitos testamentos sendo questionados, herdeiros irritados e outros aprisionados na vontade do testador. Por isso, a experiência de quem já viveu 94 anos intensos, participando de inúmeros negócios e conhecendo diversas dinâmicas familiares me encanta.

“Eu tenho mais uma sugestão para todos os pais, sejam eles pobres ou ricos. Quando seus filhos estiverem maduros, peça para eles lerem seu testamento antes de você assiná-lo. Tenha certeza que cada filho entenda tanto a lógica de suas decisões quanto as responsabilidades que eles vão encontrar depois da sua morte.Se algum deles tiver dúvidas ou sugestões, escute com cuidado e adote as que você considerar sensatas. Você não quer seus filhos perguntando

“por quê?” em relação a decisões testamentárias quando você não for mais capaz de responder”.

Essa é parte da carta de Warren Buffett publicada essa semana e replicada em várias redes sociais. O alerta é de extrema importância: discuta com seus filhos suas ideias para que elas possam ser executadas quando você não estiver mais aqui!

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Em outras palavras, cuide para que seus desejos sejam um legado e não uma prisão para os beneficiários.

O testamento é um ato unilateral e na maioria das vezes desconhecido dos herdeiros ou legatários até a morte do testador. Daí que as surpresas podem ser extremamente desagradáveis e de difícil interpretação.

Buffett alerta para esse fato e previne a todos para que discutam os termos de suas últimas vontades, acrescentando: “Ao longo dos anos, eu recebi perguntas e comentários de todos os meus três filhos e com frequência adotei suas sugestões. Não há nada de errado com eu ter que defender meus pensamentos. Meu pai fez o mesmo comigo”.

Ele também afirma que altera seu testamento a cada dois ou três anos e tenta deixar as coisas simples porque ao longo dos anos viu muitas famílias se separarem depois que tomaram conhecimento do testamento. Os desejos do testador deixaram os beneficiários confusos e algumas vezes com raiva.

Em sua carta, ele diz que os ciúmes junto com desprezos reais ou imaginários durante a infância, são ampliados particularmente quando alguns filhos são favorecidos seja em termos monetários ou de posição de prestígio.

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Afirma que conhece alguns casos onde testamentos de pais ricos que foram completamente discutidos antes da morte ajudaram a tornar a família mais próxima. E faz uma pergunta inquietante: “o que pode ser mais satisfatório?”

Construir um legado ou uma prisão está em nossas mãos.

Melina Lobo é Conselheira de Administração e Advogada

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