Eleições 2020

Eleições x Pandemia

Nesse domingo na feira coberta tinha mais políticos do que fregueses. Está aberta a temporada da hipocrisia!

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Sobre ignorância política

Relembrando aqui um episódio vivenciado antes da pandemia que me fez refletir e perceber o quão descemos ao nível de amadurecimento político necessário a uma sociedade mais justa, por não dizer minimamente civilizada. Um pré-candidato a vereador (que já agia como se estivesse em campanha), desrespeitando regras e prazos do processo eleitoral, se declarando candidato e pedindo votos, me abordou na rua e sem perder tempo, pediu meu apoio e de tabela o precioso voto.

Curioso, perguntei ao mesmo qual o seu partido, e ele me disse que era filiado ao partido do… (citou o nome de um conhecido vereador) sem conseguir dizer nem mesmo a sigla da agremiação partidária, desisti de perguntar se ele conhecia a linha programática da legenda.

A que nível chegamos! Fica a dica: não desperdice seu precioso voto em um simples conhecido e procure saber mais de suas ideias, bem como sua plataforma de atuação. Desconsidere se o mesmo é amigo, conhecido, ou até mesmo um colega de trabalho. Procure conhecer seu passado, suas ideias e sua plataforma de atuação (projetos e intenções). Não perca tempo e o seu voto em um candidato que jamais irá corresponder as suas expectativas. Valorize quem irá te representar e contribuir para os rumos de sua vida!

Mas, como já dizia o genial escritor João Cabral de Melo Neto, em seu poema Morte e vida Severina: “mas isso ainda diz pouco, há muito mais na freguesia…”

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Festival de óleo de peroba!

Nesse domingo na feira coberta tinha mais políticos do que fregueses. Está aberta a temporada da hipocrisia! Digo isso, pois quem está habituado a estar todos os domingos, a fazer suas compras e gozar destas manhãs e nunca vê nesse ambiente de tradição e negócios situação semelhante, percebe como se comporta alguns candidatos na caça desenfreada aos preciosos votos.

É um festival de promessas mirabolantes e sorrisos forçados aliada a uma gentileza disfarçada que nos causa repulsa. Quem como eu, que tem uma tradição arraigada na família de estar sempre presente nesta labuta, assiste a tudo resignado.

Resta-nos embrulhar o estômago e torcer para que esse período de dissimulação passe logo. Peço perdão ao meu saudoso pai, que já não está entre nós, pioneiro na criação desse ambiente saudável e de congraçamento, por ultrajarem esse seu ambiente tão sagrado!

Salve-se quem puder!

Pelos mais afastados e esquecidos setores de nossa cidade, principalmente a periferia, que é lembrada somente nessa época, do centro da cidade a zona rural, no ambiente virtual, rádio, TV, internet e em suas teias e redes sociais, já havia sido dada a largada (ainda que ao arrepio da lei), da campanha eleitoral antecipada. Candidatos, (que se escondem atrás de uma denominação apelidada de pré),  se lançam desarvorados na caça aos mandatos, como abutres na carniça, mais uma vez ignorando solenemente a legislação eleitoral vigente.

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Me deixa profundamente preocupado o nível de políticos que usam desses variados ardis, tanto os que buscam o mandato de vereadores, como os que querem se alojar no executivo municipal, ignorando um momento de profunda crise sanitária, com o agravamento da pandemia que vivenciamos, e a crise econômica e humanitária que resultou dessa, ignorando a ética e o respeito por regras elementares de justiça e empatia pelo próximo, e seguem nessa corrida, ávidos pelos disputadíssimos votos.

A minha esperança, mesmo com uma elevada dose de preocupação, é que essa pandemia não seja agravada com a falta de cuidados e a falta de noções de segurança, deixadas de lado pelo momento que vivemos e a falta de cuidados que ele exige.

Quem nos livrará dessa praga que nos assola, o famoso político Copa do Mundo (aquele que só aparece de quatro em quatro anos), também conhecido como político profissional?

Para não soar meio clichê, lembrei-me de “O analfabeto político” conhecido poema do dramaturgo alemão Bertold Brecht, que nos remete a esse modelo de político e finalizo empregando a máxima do filósofo Platão, que ensina: “O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior”.

João Correia, o JotaCê, é artista plástico, graduado em Direito pela Faculdade Evangélica de Rubiataba, e eventual cronista nas horas vagas, oportunas e impróprias.

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ARTIGO

O caminhão do futuro

A indústria global de mineração opera cerca de 28.000 caminhões de mineração de grande porte. Veja-se a Volvo, membro fundador da FMC, fechou um acordo com a Holcim para o maior pedido comercial de caminhões pesados elétricos a bateria. Até 2030, a Holcim, maior fornecedora mundial de soluções de construção, colocará para trabalhar 1.000 caminhões de emissão zero da Volvo em suas operações, para substituir os movidos a diesel da mesma marca.

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Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

As mudanças climáticas impõem à humanidade uma mudança radical, acabar com o uso de combustíveis fósseis urgentemente. Um dos grandes consumidores desse combustível é o transporte feito por caminhões de médio e grande porte, cerca de 1,8 gigatoneladas de emissões de CO2 por ano, e a demanda por transporte de caminhões deve mais que dobrar até 2050.

Atualmente, há mais de 300 modelos de caminhões elétricos a bateria e a célula de combustível disponíveis no mercado e muitos mais são esperados nos próximos anos. No entanto, a implantação desses veículos não é suficiente para conter o aquecimento global de 1,5°C. Na União Europeia, apenas 0,6% dos caminhões vendidos hoje são elétricos, contra 96,6% a diesel.

Hoje, o consumo global de combustíveis fósseis é de 81% do total, o mesmo percentual de 30 anos atrás. E os maiores países consumidores, como EUA, China, Índia e Rússia, não estão se preparando para a transição necessária. Os 10 países que mais se preparam respondem por apenas 2,6% das emissões anuais globais.

A Coalizão dos Primeiros a Agir (First Movers Coalition, FMC), com mais de 90 empresas e um valor total de mercado de mais de US$ 8,5 trilhões em cinco continentes, formam agora a coalizão para fortalecer o mercado de tecnologias de carbono zero tornando-os comercialmente viáveis em mercados globais. Trabalham para agregar as principais indústrias de sete setores difíceis de reduzir emissões: Alumínio, Aço, Aviação, Cimento e Concreto, Transporte Marítimo, Transporte Rodoviário e Remoção de Dióxido de Carbono.

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Os membros da FMC assinaram um compromisso para garantir que 100% de suas compras ou contratos de novos caminhões de médio porte e 30% dos pesados sejam de emissão zero até 2030. Se os atuais 15 membros cumprirem esse compromisso de transporte, espera-se que eles reduzam 0,6 milhão de toneladas de emissões de CO2 por ano até 2030. Além disso, esses compromissos e ações ajudarão a ampliar e comercializar as tecnologias que serão essenciais para descarbonizar o setor de transporte de caminhões como um todo.

A indústria global de mineração opera cerca de 28.000 caminhões de mineração de grande porte. Veja-se a Volvo, membro fundador da FMC, fechou um acordo com a Holcim para o maior pedido comercial de caminhões pesados elétricos a bateria. Até 2030, a Holcim, maior fornecedora mundial de soluções de construção, colocará para trabalhar 1.000 caminhões de emissão zero da Volvo em suas operações, para substituir os movidos a diesel da mesma marca.

Da mesma forma, a Volvo está trabalhando com a Heidelberg Materials para descarbonizar a construção com uma mistura de caminhões elétricos e soluções de construção e serviços de produtividade. Até 2030, a Volvo pretende ter 50% de suas vendas de caminhões elétricas.

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A PepsiCo Beverages North America investiu em uma frota de Tesla Semis em Sacramento para uma mistura de entrega e viagens de até 520 milhas, e também instalou quatro carregadores Tesla de 750 kW em sua instalação em Sacramento para apoiar as operações. E quando veremos as indústrias brasileiras tendo iniciativas semelhantes?

Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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