Depois de comprar salgadinhos em uma lanchonete durante dois anos e enviar comprovantes falsos ao estabelecimento, uma mulher de 45 anos foi indiciada pela Polícia Civil (PC) de Caldas Novas. A suspeita fazia compras três vezes por semana, com entrega em casa, e enviava os comprovantes bancários fraudulentos pelo WhatsApp. O prejuízo total foi de R$ 26 mil.
Conforme a PC, a mulher encomendava salgadinhos variados (quibes, coxinhas, empadas, mini pizza e outros) em média 3 vezes por semana desde novembro de 2020. Em seguida, enviava pelo WhatsApp os comprovantes de transação bancária e, acreditando ter recebido, a lanchonete fazia a entrega na casa da “cliente”. Em agosto de 2022, após quase dois anos de vendas, a empresa suspeitou do comprovante de uma Transferência Eletrônica Disponível (TED).
Ao conferir os últimos dois anos de pagamentos, a empresa descobriu que se tratava de um golpe e que as transferências nunca tinham sido realizadas. A investigação foi conduzida pela Polícia Civil (PC) através do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) da Delegacia Regional de Caldas Novas e recuperou os registros de conversas entre a lanchonete e a cliente desde 2020. A apuração descobriu que o prejuízo ultrapassou R$ 26 mil.
A mulher foi indiciada por crime continuado de estelionato, podendo ser condenada a mais de 8 anos de prisão.
“Este caso chamou bastante atenção por ser inusitado. Estamos acostumados a ver estelionato envolvendo dinheiro, carro e moto. A gente acredita, pela grande quantidade de salgados encomendados, que não fosse apenas para consumo pessoal, mas para revenda. No interrogatório ela permaneceu calada e não conseguimos confirmar essa tese, embora seja provável”, explicou o delegado Tiago Ferrão.
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