Opinião

Precisamos de “doutores” ou de profissionais técnicos?

Quanto custa a exigência de formação superior aos cofres públicos ou ao bolso do cidadão? O Brasil não precisa de mais universidades, mas sim de cursos técnicos de alta qualidade para atender ao mercado de trabalho nacional, que não demanda curso superior e sim especialistas técnicos. A educação superior é importante para o desenvolvimento do país, mas temos de ter presentes as necessidades reais de nosso mercado de trabalho.

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Júlio César Cardoso é servidor federal aposentado

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, EPTNM – Educação Profissional Técnica de Nível Médio e outros mecanismos da área de ensino técnico vêm provar que o país precisa formar profissionais técnicos para o mercado de trabalho antes de as autoridades se preocuparem com o ensino superior.

Por exemplo, “No Senai, 76% dos estudantes estão empregados em até um ano após concluírem o ensino técnico. Isso mostra que os empresários estão buscando formação técnica. Muitos deles, inclusive, estão pagando mais a estes profissionais do que àqueles que saem do ensino superior”, afirma Felipe Morgado, superintendente do Senai. 90% dos empresários defendem o ensino técnico como gerador de empregos, diz CNI – Confederação Nacional de Indústrias.

Quanto custa a exigência de formação superior aos cofres públicos ou ao bolso do cidadão? O Brasil não precisa de mais universidades, mas sim de cursos técnicos de alta qualidade para atender ao mercado de trabalho nacional, que não demanda curso superior e sim especialistas técnicos. A educação superior é importante para o desenvolvimento do país, mas temos de ter presentes as necessidades reais de nosso mercado de trabalho.

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Podemos vislumbrar uma profissão por meio de um curso técnico de alta qualidade, no Senai, Senac, etc., sem a necessidade de curso superior. Mesmo porque nem todas as pessoas desejam fazer faculdade.

Quantos são iludidos com a propaganda governamental de Universidade para Todos, como se a universidade fosse o único meio de se chegar ao mercado de trabalho. As camadas pobres, principalmente, antes de pensar em universidade, deveriam ser incentivadas a fazer curso técnico para logo conseguirem emprego e poderem se sustentar.

A graduação universitária não é sinônimo de garantia de emprego. Vejam, pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) mostra que apenas 14,78% dos recém-formados que pegaram o diploma em 2019 e 2020 conseguiram vagas nas suas áreas de formação após três meses da formatura. Atrás dos balcões de empresas comerciais varejistas encontra-se muita gente de nível universitário trabalhando por falta de oportunidade nas áreas de formação.

Os cursos superiores são importantes, mas deveriam ser disponibilizados para determinadas áreas – exemplo área médica -, observadas as necessidades nacionais. Por que bacharelado em Turismo e Hotelaria, quando um curso técnico especializado supriria a necessidade? Muitos desses cursos superiores, sem qualidade, fazem a festa de arrecadação dos donos de universidades e faculdades particulares.

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É verdade que a educação é a mola propulsora do desenvolvimento de qualquer nação. Mas a realidade brasileira não recomenda a contínua profusão de cursos superiores pelo país, mas sim de escolas técnicas de alta qualidade.

Júlio César Cardoso é servidor federal aposentado

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Como promover a retenção de talentos na sua empresa?

É claro que uma empresa que investe em retenção de talentos não está sendo ‘boazinha’, pois também está pensando nos próprios benefícios de ter uma pessoa competente em sua equipe. Afinal, em períodos de demissões em massa e cortes de gastos, é preciso saber como manter os melhores profissionais na empresa e não perdê-los para a concorrência. No entanto, é preciso estratégias para isso.

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Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão

Recentemente tenho notado uma preocupação maior das empresas com a retenção de colaboradores, o que é um ótimo sinal, pois a partir do momento em que a organização percebe os talentos que têm e começa um processo para retê-los, todos os envolvidos são favorecidos. Por outro lado, muitos gestores não sabem como fazer isso da maneira certa, o que acaba afastando ainda mais a pessoa da empresa.

Segundo uma pesquisa realizada pela Glassdoor, aplicativo de emprego gratuito, quando o processo de recepção e integração de novos colaboradores – conhecido como onboarding –  é bem feito, torna-se possível ampliar a retenção de talentos em até 82% a longo prazo, o que também acaba elevando em até 70% as taxas de produtividade, pois se sentirão mais motivados e irão se engajar em suas tarefas.

Ou seja, podemos perceber que o processo para reter um talento começa desde o primeiro momento pós-contratação, nos primeiros dias de trabalho. Este contato inicial é importante para reforçar a cultura organizacional da empresa, fazer com que aquele colaborador se sinta bem-vindo e principalmente, perceba que tem um lugar seguro para compartilhar ideias, tirar dúvidas e exercer suas funções com segurança.

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É claro que uma empresa que investe em retenção de talentos não está sendo ‘boazinha’, pois também está pensando nos próprios benefícios de ter uma pessoa competente em sua equipe. Afinal, em períodos de demissões em massa e cortes de gastos, é preciso saber como manter os melhores profissionais na empresa e não perdê-los para a concorrência. No entanto, é preciso estratégias para isso.

Neste sentido, os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) – podem ajudar a gestão a ser mais próxima dos colaboradores, já que a ferramenta propõe uma participação maior do time, onde todos conhecem as funções e sabem da importância do trabalho de cada um para a empresa de forma geral, fazendo assim com que se sintam mais valorizados.

E valorização pode ser um dos segredos para a retenção de talentos. Muitos colaboradores tendem a procurar novos empregos quando passam a achar que não estão tendo o devido reconhecimento por suas ações e que suas habilidades estão sendo desperdiçadas. Isso pode acabar resultando na demissão de um bom profissional, o que é algo negativo para a sua empresa.

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Por essa razão, é importante que os colaboradores sejam ouvidos constantemente, para que seja possível promover um ambiente de trabalho agradável e assim extrair o máximo do potencial de cada um. Utilizar os OKRs para realizar esses ajustes frequentes pode ser vantajoso, com o objetivo de consertar o que não está funcionando e fortalecer a relação entre gestão e equipe.

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