Produção industrial fluminense cresce após forte retração na pandemia

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O boletim Sondagem Industrial Regional, divulgado hoje (27) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), registra crescimento da produção industrial fluminense no terceiro trimestre deste ano, depois de experimentar forte queda nos meses de maior impacto da pandemia do novo coronavírus. O indicador atingiu o patamar mais alto em agosto, com 55,3 pontos, despertando otimismo nos empresários para a realização de novos investimentos. O indicador abaixo de 50 pontos registra queda; acima desse patamar, confirma o aumento da produção.

Do mesmo modo, o número de empregados apresentou alta pelo segundo mês consecutivo, com 51,7 pontos em setembro, enquanto o nível dos estoques finais fechou abaixo da média, com 44,6 pontos. No âmbito geral, porém, foi confirmada melhora da atividade industrial fluminense no terceiro trimestre do ano.

Foi observada ainda expansão da utilização da capacidade instalada na indústria fluminense pelo quarto mês seguido, atingindo 65% e ultrapassando a média histórica de 64,2%. Em setembro do ano passado, a utilização da capacidade foi de 63%.

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O boletim mostra crescimento do nível de produção em indústrias de todos os portes, com agosto revelando-se o melhor mês do terceiro trimestre. Em setembro, entretanto, comparativamente ao mês anterior, somente as pequenas empresas tiveram evolução de 55,7 pontos. No sentido inverso, as companhias de médio e grande portes fecharam o trimestre com 50 pontos, evidenciando queda ante agosto.

Otimismo

Em todos os indicadores de setembro, os empresários mostraram otimismo com os próximos seis meses, diante de um cenário de menos incertezas. Segundo a Firjan, esse sentimento está presente, pelo quarto mês consecutivo, na expectativa de demanda por produto (56,7 pontos) e na compra de matéria-prima (55,8 pontos). Já os indicadores de expectativa de número de empregados e de exportação indicam otimismo pelo segundo mês consecutivo, de 50,7 pontos e 51,6 pontos, respectivamente.

Por outro lado, as expectativas de investimentos atingiram 50 pontos, após sete meses de pessimismo entre os empresários. Para a Firjan, tal movimento reflete um cenário de menos incerteza, que vai, pouco a pouco, gerando maior segurança para que os empresários promovam novos investimentos.

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As perspectivas quanto à sua situação financeira (45,9 pontos) e acesso ao crédito (38,9 pontos), no terceiro trimestre de 2020, ficaram abaixo da linha dos 50 pontos, embora tenham melhorado em nove pontos em comparação com a intensa retração dos trimestres anteriores. Apesar disso, os indicadores apresentaram resultados acima da média histórica, o que, para a Firjan, demonstra evolução do empresário diante da situação da sua empresa. Da mesma forma, a margem de lucro operacional aumentou, ficando em 41,1 pontos.

Edição: Nádia Franco

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ECONOMIA

Presidente do Conselho de Administração da Petrobras é reeleito

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O atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, foi reeleito para o cargo e exercerá um novo mandato por dois anos. Sua manutenção no posto foi selada nesta quinta-feira (25) durante a assembleia geral ordinária dos acionistas da companhia.

Pietro Mendes também é secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME). É uma nome de confiança do ministro Alexandre Silveira.

Ele chegou a ficar afastado do Conselho de Administração da Petrobras por alguns dias no início do mês. O afastamento havia sido determinado no dia 11 de abril pela Justiça Federal de São Paulo, que atendeu uma ação popular promovida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP).

O parlamentar alegou que a nomeação do secretário feria regras previstas na Lei das Estatais. No entanto, a Advocacia-Geral da União (AGU) obteve sucesso com um recurso e a decisão foi revertida no dia 16 de abril.

Além de reconduzir Pietro Mendes, a assembleia geral manteve no Conselho de Administração da Petrobras outros quatro integrantes indicados pelo governo: o atual presidente da companhia, Jean Paul Prates; o secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti; o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Vitor Saback; e o advogado Renato Gallupo.

Com os novos mandatos para estes cinco nomes, o governo obteve ainda sucesso na eleição de Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda. Dessa forma, preservou a composição majoritária, elegendo seis dos 11 conselheiros.

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Única cara nova entre os representantes da União no Conselho de Administração da Petrobras, Rafael Dubeux ocupará a cadeira deixada pelo ex-ministro de Ciência e Tecnologia Sergio Machado Rezende. Sua saída do Conselho de Administração já era certa, uma vez que ele não era candidato.

Assim como Pietro Mendes, Rezende chegou a ser afastado por decisão judicial que acatou argumentos do deputado Leonardo Lima. Da mesma forma, um recurso da AGU foi acolhido e ele retomou ao posto de conselheiro dias depois. Mesmo assim, o governo optou por não lançar sua candidatura à reeleição.

Os acionistas minoritários reelegeram o investidor Juca Abdalla e os advogados Marcelo Gasparino e Francisco Petros. Um rosto novo foi escolhido pelos detentores de ações preferenciais: o contabilista Jerônimo Antunes. Ele substituirá o economista Marcelo Mesquita, que não poderia mais concorrer por já ter cumprido dois mandatos.

Distribuição de dividendos

Antes da eleição, a assembleia aprovou a proposta de distribuição de R$ 21,95 bilhões aos acionistas, referente a 50% do valor avaliado para os dividendos extraordinários. Em março, o Conselho de Administração, considerando a previsão de novos investimentos e a necessidade de análises detalhadas, anunciou a retenção de 100% dos dividendos extraordinários, avaliados em R$ 43,9 bilhões.

A decisão gerou forte queda nas ações da Petrobras e o assunto também se tornou o centro de discussões políticas.

Na última sexta-feira (19), Conselho de Administração reavaliou o cenário. Levando em conta a melhora na capacidade da Petrobras para financiar seus projetos, foi liberado o repasse de 50%.

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Eleição

O Conselho de Administração da Petrobras é o órgão colegiado superior da companhia, responsável pela tomada das decisões estratégicas. Ao todo, é composto por 11 integrantes. Os mandatos são de dois anos, permitidas até duas reeleições por conselheiro.

Das 11 cadeiras, uma é ocupada por um representante dos detentores de ações ordinárias e outra por um representante dos detentores de ações preferenciais. Além disso, um nome é escolhido pelos trabalhadores da Petrobras: a atual conselheira, Rosângela Buzanelli, já havia sido reeleita pelos colegas e ficará por mais dois anos.

As outras oito vagas são disputadas. Nomes são indicados tanto por investidores privados como pelo governo, que representa a União, o acionista controlador da Petrobras.

Todas essas oito cadeiras eram ocupadas por indicados pelo governo até 2020, quando uma mudança no processo de eleição favoreceu os acionistas minoritários. As novas condições permitiram a eles conquistar duas dessas vagas. Desde então, o governo mantém seis cadeiras, o que já é suficiente para preservar a composição majoritária do Conselho de Administração.

A lista de candidatos apresentada pelo governo, no entanto, trazia oito nomes. A relação incluía o advogado Benjamin Rabello Filho e a engenheira de produção Ivanyra Correia, que não foram eleitos. Para que fosse possível ampliar sua influência no Conselho de Administração, o governo precisaria que pelo menos um deles recebesse o apoio de parte dos acionistas privados.

Fonte: EBC Economia

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