Justiça

Justiça condena Estado a pagar R$ 500 mil de indenização para pais, após pai ser preso por engano, bebê ficar sozinho com irmãos e morrer afogado

Apesar da indenização a ser paga pelo Estado, o pai da criança informou que nada poderá trazer o filho de volta.

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Miguel Tayler Pereira Gualberto tinha 1 ano, quando morreu. Foto: Reprodução

O Estado de Goiás foi condenado a indenizar em R$ 500 mil um casal cujo bebê de 1 ano morreu afogado após o pai ser preso por engano, em Planaltina, no Entorno do Distrito Federal (DF). Conforme o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), cada um dos pais receberá R$ 250 mil. O estado recorreu da decisão, que foi mantida em segunda instância.

Através de nota, a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) informou que está ciente do trânsito em julgado da decisão e adotará as medidas cabíveis.

De acordo com os relatos da sentença, Jonas Pereira de Souza Gualberto foi preso, em 3 de julho de 2020, suspeito de ter participado de um assalto que aconteceu no dia anterior. Na ocasião da abordagem, o homem estava em casa com os três filhos, de 1, 3 e 7 anos. Jonas Pereira foi levado para a Delegacia de Polícia Civil pela Polícia Militar (PM) e não conseguiu avisar os familiares para cuidarem das crianças.

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A esposa do homem chegou em residência e encontrou a criança de 1 ano, Miguel Tayler Pereira Gualberto, de bruços dentro da piscina da casa, desacordado. Entanto, após a polícia analisar a ocorrência, foi concluído que Jonas não tinha envolvimento com o assalto.

Assim, o TJ-GO condenou o Estado de Goiás para o pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões inicialmente. Mas foi contestado pelo Estado e o valor foi reduzido para R$ 250 mil para cada um dos pais da criança, visando reparar os danos que aconteceram dos atos praticados pelos agentes militares.

No laudo de exame cadavérico da criança, conforme a decisão, apontam asfixia por afogamento, o que provocou a morte por ficar sem a supervisão de um adulto no momento da prisão.

Jonas informou que o valor da indenização, apesar de não trazer o filho de volta, possibilitará cuidar dos outros dois filhos. “Foi uma criança que morreu inocente, sem culpa de nada. Nada vai trazer ele de volta, mas vai dar uma condição melhor para dar uma vida melhor para os irmãos deles”, afirmou o pai.

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JUDICIÁRIO

Rede Globo é condenada em R$ 500 mil por racismo e assédio contra atriz

A atriz Roberta Rodrigues relatou ambiente tóxico nos bastidores da novela “Nos Tempos do Imperador” e precisou se afastar das gravações.

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Atriz Roberta Rodrigues. Foto: Divulgação/TvGlobo

A Justiça do Trabalho determinou que a TV Globo indenize a atriz Roberta Rodrigues em R$ 500 mil por danos morais. Ela alegou que sofreu assédio moral e racismo institucional durante as gravações da novela “Nos Tempos do Imperador” em 2021. A emissora nega as acusações e afirma que sempre prezou pela inclusão.

Afastada após sofrer burnout

Conforme a ação trabalhista, Roberta relatou diferenças de tratamento entre atores negros e brancos no set. Através de testemunhas, foi afirmado que o diretor Vinicius Coimbra chegou a separar o elenco com frases como “os pretos ficam”.

O ambiente nos bastidores teria desencadeado um quadro de burnout em Roberta, que precisou se afastar das gravações por três meses. Em entrevistas, a atriz revelou que chegou a cogitar abandonar a carreira, mas reconsiderou após ser chamada para produções da Globoplay.

Afastamento de diretor

Após as denúncias, o diretor Vinicius Coimbra foi afastado e, dois anos depois, desligado da emissora. Ele afirmou que sua demissão foi motivada por acusações de assédio moral.

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A Globo negou discriminação e reforçou seu compromisso com a diversidade. Através de nota, a emissora reconheceu que poderia ter adotado medidas extras para lidar com questões raciais na novela e afirmou estar aprimorando seus processos internos.

O valor da indenização concedido pela Justiça representa apenas 5% do montante solicitado pela atriz Roberta, que pedia R$ 10 milhões. Da sentença cabe recurso.

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