Mercedes-Benz CLA 35 AMG: pimenta na medida certa

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Mercedes CLA 35 AMG 2021: rodas de aro 19, defletores de ar, estilo arrojado faz parte do DNA esportivo do sedã
Carlos Guimarães e Divulgação

Mercedes CLA 35 AMG 2021: rodas de aro 19, defletores de ar, estilo arrojado faz parte do DNA esportivo do sedã


No início de março, a reportagem de iG Carros resolveu fazer mais um comparativo de carrões, com o nada discreto e escandaloso Mercedes CLA 45S AMG (R$ 546.900).

Agora, três meses depois, experimentamos uma receita mais equilibrada, com o tempero na medida certa, adotada na versão CLA 35 AMG (R$ 431.900). Diante do mar de SUVs que tem invadido o mercado, avaliar um sedã esportivo tão apetitoso chega a ser um alívio para quem curte estar ao volante. Bem, vamos aos nossos dias de glória, principalmente quando pegamos a estrada.

Antes da pista esquentar, vale lembrar que o Mercedes CLA 35 AMG custa R$ 115 mil a menos que o 45 S AMG e, no terreno cada vez mais árido dos sedãs esportivos de verdade, aproxima-se apenas do BMW M 235i XDrive Gran Coupé (R$ 364.950), enquanto a Audi não traz o novo A3 Sedan esportivo, o novo S3, que deverá ficar para 2022, enquanto as versões mais comportadas estão com chegada confirmada para setembro próximo.

Se a ideia é ter um esportivo na garagem, fica fácil de entender que em um sedã que tem 20 cm a menos de altura e uma distância livre do solo menor que a de um SUV (no caso, o GLA AMG), você terá um carro mais ágil e estável nas curvas.

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Daí umas razões pelas quais não há SUVs nos principais campeonatos de modelos de turismo ao redor do mundo. Então, aproveitando que as leis da física estavam a meu favor a bordo do CLA 35 AMG , lá fomos nós, serpenteando de um lado para o outro.

Claro que a tração integral ajuda, além de uma série de outros itens, entre os quais os pneus 245/35R 19 (Michelin Pilot Sport 4S) de perfil baixo e a suspensão ativa, mas nada como um belo sedã esportivo para apontar o nariz para os pontosde tangência e contornar as curvas com uma precisão de um cão farejador.

É uma dinâmica digna da tradição da AMG quando o assunto é esportividade, que também inclui a rapidez do câmbio automatizado de dupla embreagem (de sete marchas) e ­­­o fôlego do motor 2.0, turbo, de 306 cv.

Ah, os freios, claro. Se não fossem eles, talvez, não estaria aqui para contar mais detalhes do que passei ao volante do CLA 35 AMG. Enquanto diminuia a velocidade, antes de beliscar o ponto certo do interior da curva, as hastes de alumínio polido, atrás do caprichado volante de três raios, tornavam mais fácil reduzir duas ou até três marchas de uma vez para sair com o motor cheio, rumo  à reta adiante.

Entre uma troca e outra, o ronco borbulhante que sai pelo escapamento é como se fosse aquele tempero a mais do chef que faz a diferença. Se pisar fundo, o CLA 35 AMG pode acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,7 segundos e, se o juízo permitir, o carro pode atingir 250 km/h.

De qualquer forma, o sedã se mostrou sempre bem equilibrado em asfalto bem conservado, ainda mais no modo “Sport”, que deixa o ajuste da suspensão mais rígido. Na cidade, e altamente recomendável optar pelo “Confort”. Mesmo assim, o sedã ainda passa por solavancos no piso lunar de boa parte das vias públicas que temos no Brasil hoje em dia.

Por outro lado, maneirando na pressão no acelerador, o CLA 35 AMG, conforme o Inmetro, consegue fazer até 9,3 km/l de gasolina em trechos urbanos e 11,3 km/l em rodoviários, o que é plausível pera um esportivo legítimo com mais de 40 kgfm de torque a 3.000 rpm, força que é quatro vezes maior que a encontrada em um motor 1.0, aspirado, hoje em dia.

Mercedes CLA 35 AMG 2021: interior sofisticado inclui central multimídia que funciona com comando de voz
Carlos Guimarães e Divulgação

Mercedes CLA 35 AMG 2021: interior sofisticado inclui central multimídia que funciona com comando de voz

Com 4,70 m de comprimento por 1,83 m de largura, o sedã não é difícil de manobrar e contra com ajuda de sensores e gráficos coloridos no painel. Aliás, a lista de equipamentos do CLA 35 AMG é extensa.

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Inclui sistema multimídia que funciona por comando de voz, teto-solar panorâmico, câmera de ré, controle de largada , faróis e lanternas full LED, projetor das principais informações do cluster no para-brisa (head up display), bancos com ajustes elétricos revestidos de couro, apenas para citar alguns itens principais. Porém, as entradas USB  não são convencionais, mas as menores, do tipo C, o que requer um cabo adaptador, se for o caso.

Para um esportivo, até que o espaço para cinco ocupantes é razoável, bem melhor do que encontrará em um cupê. Apenas quem vai sentado no banco traseiro pode sofrer um pouco para acomodar as pernas por causa do túnel do diferencial .

Entretanto, há bons 460 litros para levar no porta-malas , o que é uma das vantagens de optar por um sedã ao invés de um hatch (o A35 AMG tem 370 litros). Melhor que isso, apenas se a perua CLA estivesse disponível no Brasil, o que nunca vai acontecer.

Conclusão

Você viu?

O Mercedes CLA 35 AMG é um dos pouquíssimos sedãs esportivos de verdade que sobraram à venda no Brasil hoje em dia. Mais equilibrado que a versão 45 S AMG, o carro é capaz de satisfazer os que fogem dos SUVs e procuram (e podem pagar) por um carro que leva cinco ocupantes e suas bagagens, com prazer ao dirigir.

Ficha técnica

Mercedes CLA 35 AMG

Preço: a partir de R$ 431.900

Motor:  2.0, gasolina, turbo, quatro cilindros

Potência:  306 cv a 5.800 rpm

Torque:  40,8 kgfm a 3.000 rpm

Transmissão:  Automatizado, dupla embreagem, sete marchas, tração integral

Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / multibraço (traseira)

Freios: Discos ventilados (dianteiros) / discos ventilados (traseiros)

Pneus:  245/35 R19

Dimensões: 4,69 m (comprimento) / 1,85 m (largura) / 1,41 m (altura), 2,73 m (entre-eixos)

Tanque: 51 litros

Porta-malas: 460 litros 

Consumo gasolina: 9,3 km/l (cidade) / 11,7 km/l (estrada)

0 a 100 km/h: 4,7 segundos 

Velocidade máxima: 250 km/h 

Fonte: IG CARROS

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CARROS E MOTOS

Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas

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Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
Divulgação

Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero

Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.

Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.

O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.

As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
Divulgação

As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso

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E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.

Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.

Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.

Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.

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Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.

O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
Divulgação

O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986

Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.

Fonte: Carros

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