Opinião

Reflexos da pandemia do Covid-19 nos conflitos judiciais

Se por um lado a pandemia promoveu o isolamento, por outro, os efeitos econômicos negativos dele decorrentes foram causa de aumento dos conflitos judicializados.  

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Em março de 2020, com a decretação do estado de calamidade pública em razão da pandemia ocasionada pelo Covid-19, toda a sociedade precisou se adaptar a uma série de protocolos com o intuito de minimizar os efeitos desse grave problema sanitário.

Neste contexto, o Poder Judiciário também foi impactado, sobretudo pelas medidas de isolamento determinadas pelas autoridades governamentais que ensejaram, por exemplo, a adoção em larga escala do “teletrabalho”. 

Se por um lado a pandemia promoveu o isolamento, por outro, os efeitos econômicos negativos dele decorrentes foram causa de aumento dos conflitos judicializados.  

Questões de Direito do Consumidor relacionadas a compras realizadas pela internet, pedidos de revisão de contratos de locação, mandados de segurança pleiteando o direito de manter as atividades comerciais em funcionamento, querelas com planos de saúde que deveriam cobrir os procedimentos relacionados ao Covid-19, pedidos de internação em leitos de UTI contra a Administração Pública, conflitos de vizinhança e condominiais intensificados pela permanência dos moradores em suas residências, solicitações de prisão domiciliar via habeas corpus, denúncias de violência doméstica e conflitos de direito de família relacionados à guarda e à dissolução do vínculo matrimonial são apenas alguns exemplos de demandas que se intensificaram durante todo esse período.   

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Por essa razão, as atividades judiciais não poderiam ser paralisadas, o que resultou no adiantamento abrupto de um processo que já vinha sendo regulamentado pelo Judiciário, isto é, do “teletrabalho”.   

E com isso, passamos a acompanhar cada vez mais audiências e sessões de julgamento por videoconferência ou mesmo a implantação de “balcões virtuais” de atendimento aos advogados.  

A implantação em larga escala dessas inovações tecnológicas facilitou, por exemplo, a participação de advogados que residem em cidades diversas do juízo em que atuam nesses atos processuais. No entanto, também trouxe a preocupação da garantia da lisura e da segurança do procedimento em situações como a de inquirição de testemunhas, que não podem ser auxiliadas e instruídas durante seus depoimentos, bem como não supre a necessidade, v.g., de realização de perícias presenciais e não é considerada a melhor forma de se realizar uma audiência de custódia.   

Nesse cenário de aumento de conflitos e de eventuais dificuldades de inserção tecnológica, os métodos de autocomposição, sempre que possível, deveriam ser priorizados, seja pela sua rapidez, seja pela possibilidade de a solução ser mais adequada às partes interessadas.

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Austréia Magalhães Candido é professora da Graduação da FADISP e Doutora em Direto Civil pela USP

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ARTIGO

Milho safrinha deve sofrer pressão de insetos no outono

O principal inimigo da cultura é a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). Além de se alimentar da planta, transmite micro-organismos causadores do enfezamento, podendo reduzir em 70% a produção de milho, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A incidência da cigarrinha é preocupante: aumentou 177% em 2 anos, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg).

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Leandro Valerim é engenheiro agrônomo, mestre em fitotecnia pela Universidade de São Paulo (USP) e gerente de inseticidas.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu em 1,8 milhão de toneladas a projeção para a colheita do milho de segunda safra em 2024, a chamada safrinha, passando para 85,6 milhões de toneladas. Motivo: problemas climáticos no Centro-Oeste e no Sul do país.

Em seu relatório, a Conab pontua que, especialmente no Mato Grosso do Sul e no Paraná, a redução do ciclo de chuvas causou estresse hídrico sobre as plantações – reduzindo o seu potencial produtivo. Para o restante do outono, contudo, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de temperaturas acima da média histórica e chuvas ligeiramente mais intensas do que é normalmente registrado no período em ambos os estados.

Com nível satisfatório de umidade do solo, esse cenário climático pode favorecer a safrinha até a conclusão do ciclo agrícola. Contudo, há desafios fitossanitários a enfrentar no período, em especial os insetos, uma vez que altas temperaturas combinadas com umidade criam condições ideais para a proliferação de pragas, aumentando o risco de infestações nas lavouras.

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O principal inimigo da cultura é a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). Além de se alimentar da planta, transmite micro-organismos causadores do enfezamento, podendo reduzir em 70% a produção de milho, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A incidência da cigarrinha é preocupante: aumentou 177% em 2 anos, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg).

Como líder em inseticidas para o milho (conforme atestado por pesquisa da Kynetec referente à safra 2022/2023), a UPL tem se empenhado em desenvolver soluções eficazes para apoiar os agricultores no enfrentamento desses inimigos, que comprometem a produtividade. Sempre com base científica, estamos combinando moléculas e testando novas opções de alta performance.

Um exemplo é o inseticida Feroce, que possui tecnologia exclusiva (batizada de Blast) criada nos laboratórios da UPL. Nossas equipes selecionaram dois ingredientes ativos contra insetos sugadores e criaram um produto único e de alta qualidade, com choque extremo e diferencial de performance nunca antes visto no mercado. São ações como essa que efetivamente fazem a diferença no campo e contribuem para a rentabilidade do agricultor, bem como para uma produção de alimentos cada vez melhor e mais pujante para a população, em que pese os desafios – sejam climáticos ou fitossanitários.

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Leandro Valerim é engenheiro agrônomo, mestre em fitotecnia pela Universidade de São Paulo (USP) e gerente de inseticidas.

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