Opinião

Seja um ganhador do BBB ou uma pessoa comum, ter conhecimento financeiro é essencial para o seu dinheiro

Antes de qualquer ação precipitada, recomendo seguir um mantra antigo do célebre Warren Buffett: ‘A primeira regra é não perder dinheiro, e a segunda regra é: nunca esqueça a primeira regra’. O que isso quer dizer? Você precisa ter consciência de que não entende do assunto e buscar proteger o seu dinheiro de sua ignorância – ignorância no sentido de ignorar, não saber os conceitos.

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João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais.

A 24ª edição do Big Brother Brasil chegou ao fim com a vitória de Davi, o novo milionário do país. Aos 21 anos, ele levou a bolada de quase 3 milhões de reais ao conquistar o primeiro lugar. No entanto, administrar muito dinheiro exige um planejamento bem cuidadoso e a consideração de vários fatores. Por isso, Davi – assim como outras pessoas que passam a ter altas quantias -, precisará de um auxílio financeiro especializado para cuidar do prêmio.

Antes de qualquer ação precipitada, recomendo seguir um mantra antigo do célebre Warren Buffett: ‘A primeira regra é não perder dinheiro, e a segunda regra é: nunca esqueça a primeira regra’. O que isso quer dizer? Você precisa ter consciência de que não entende do assunto e buscar proteger o seu dinheiro de sua ignorância – ignorância no sentido de ignorar, não saber os conceitos.

Por essa razão, ter uma base de conhecimento financeiro é fundamental por várias razões. Primeiramente, permite que uma pessoa faça escolhas baseadas em análises de qualidade sobre como ganhar, gastar, poupar e investir seu dinheiro. Isso pode ajudar a garantir a segurança financeira a longo prazo, evitar dívidas desnecessárias e alcançar objetivos financeiros, como a compra de uma casa ou aposentadoria confortável. Além disso, a educação financeira pode contribuir para a proteção contra fraudes e eventuais golpes.

Para adquirir essa noção, o ideal é começar com o básico, como aprender a criar e seguir um orçamento, entender como o crédito funciona e como evitar dívidas, além de conhecer os fundamentos do investimento. Isso pode ser feito através de livros, cursos online (muitos dos quais são gratuitos), podcasts sobre finanças, e até mesmo por meio de consultas com um planejador financeiro. A prática contínua e a busca ativa por conhecimento também são essenciais para se manter atualizado, dado que o mundo financeiro está sempre evoluindo.

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Outra coisa é procurar ajuda de pessoas de confiança, que possam ajudar nas melhores recomendações. Profissionais sérios, certificados e com compromisso com você! Assim, você vai aprendendo aos poucos, junto com a pessoa que contratou. É essencial saber o básico para evitar ser enganado, explorado e perder dinheiro em produtos/investimentos ruins. Isso pode acontecer com qualquer pessoa, principalmente com um ganhador de reality show, que passa a ser conhecido pelo Brasil inteiro, e pode acabar se deslumbrando.

Alguns campeões do BBB, como Rodrigo “Cowboy” (2002),  Dhomini (2003) e Max (2009), revelaram que perderam todo o prêmio recebido e para isso ter acontecido, é provável que tenham enfrentado diversos desafios. A falta de conhecimento financeiro pode realmente ter sido um fator significativo para essa situação, levando a investimentos inadequados, gastos excessivos sem planejamento para o futuro, e falta de atenção à gestão de riscos.

Outro aspecto pode ter sido o não pagamento de impostos ou a falta de compreensão da importância de diversificação de investimentos. Além do prêmio ser menor naquela época, a dificuldade de acesso à informação financeira nas primeiras edições do BBB também pode ter contribuído para as perdas. Com a expansão do acesso à internet e maior disponibilidade de recursos educacionais online, é muito mais fácil aprender sobre finanças e investimentos.

Em contrapartida, existem campeões que conseguiram manter e até aumentar o valor do prêmio que receberam. Estes provavelmente seguiram práticas financeiras saudáveis, como buscar orientação financeira profissional, feito investimentos prudentes e certeiros, e mantido um estilo de vida que não excedeu os rendimentos de seus investimentos.

Os recursos devem servir como patrimônio a ser guardado para o futuro. Não recomendo deixar sua profissão, suas atividades e viver de renda. Isso é difícil e não vai causar felicidade a uma pessoa, ainda mais se for jovem. Além disso, acredito que esses vencedores podem ter utilizado as vitórias como uma plataforma para outras oportunidades de ganhos, como propagandas, palestras e participações em eventos, diversificando suas fontes de renda.

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A prova disso é que atualmente, existem participantes que mesmo não ganhando, fazem bastante dinheiro depois da saída do BBB. A ascensão de participantes de reality shows a celebridades, sem vencer o programa, é impulsionada pela revolução digital e mídias sociais. Essas plataformas permitem que indivíduos consigam construir marcas pessoais e engajem diretamente com seguidores, oferecendo oportunidades de monetização diversas.

A mudança na mídia para conteúdos nichados facilita essa capitalização. Anteriormente, a fama era controlada pelos grandes meios de comunicação, mas agora, a entrada no espaço público é mais acessível. A valorização da autenticidade pelo público e a intimidade nas redes sociais ajudam ex-participantes a manterem relevância, apesar dos desafios de constante produção de conteúdo e a intensa competição na mídia social.

O fato é que a chave para o sucesso financeiro, seja para ganhadores e participantes do BBB ou qualquer pessoa, reside na educação financeira contínua, no planejamento cuidadoso e na tomada de decisões bem fundamentada. Não adianta ganhar muito dinheiro e não saber administrá-lo, para que dure e se multiplique. A capacidade de adaptar-se às mudanças nas condições econômicas e nos objetivos pessoais também é fundamental!

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. 

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ARTIGO

A complexa teia entre liberdade de expressão e fake News

A liberdade de expressão é amplamente reconhecida como um direito não absoluto, sujeito a restrições destinadas a proteger outros direitos e interesses públicos. A luta contra as fake news se insere nesse contexto, justificando medidas que, embora limitem esse direito, são proporcionais e necessárias para preservar a ordem democrática.

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A liberdade de expressão é amplamente reconhecida como um direito não absoluto, sujeito a restrições destinadas a proteger outros direitos e interesses públicos. A luta contra as fake news se insere nesse contexto, justificando medidas que, embora limitem esse direito, são proporcionais e necessárias para preservar a ordem democrática.

Em uma era definida pela informação instantânea e pela interconectividade global, a liberdade de expressão enfrenta desafios sem precedentes com a ascensão das fake news. Este fenômeno, caracterizado pela disseminação deliberada de informações falsas ou enganosas, ameaça não apenas a integridade do debate público, mas também os alicerces da democracia. A liberdade de expressão, um direito fundamental consagrado em constituições e tratados internacionais, promove a diversidade de opiniões e a participação cidadã. No entanto, a proliferação de notícias falsas exige uma reflexão jurídico-té cnica sobre os limites desse direito.

As fake news diferem de simples erros ou interpretações divergentes por sua intenção de enganar, podendo minar a confiança nas instituições, polarizar sociedades e incitar a violência. Diante desse cenário, emerge a questão: como equilibrar a proteção à liberdade de expressão com a necessidade de combater a desinformação?

A liberdade de expressão é amplamente reconhecida como um direito não absoluto, sujeito a restrições destinadas a proteger outros direitos e interesses públicos. A luta contra as fake news se insere nesse contexto, justificando medidas que, embora limitem esse direito, são proporcionais e necessárias para preservar a ordem democrática.
A regulação das fake news representa um desafio complexo. Medidas excessivamente amplas ou imprecisas correm o risco de reprimir o debate legítimo, enquanto a inação pode deixar o campo livre para a manipulação da verdade. A resposta a esse dilema passa pela implementação de estratégias jurídicas e regulatórias equilibradas.

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Diversos países têm explorado legislações específicas para enfrentar o problema das fake news. Na Alemanha, a Lei de Execução da Rede (NetzDG) exige que plataformas de mídia social removam conteúdo ilegal, incluindo notícias falsas, em um prazo específico sob pena de pesadas multas. Em Singapura, a Lei de Proteção contra Falsidades e Manipulação Online (POFMA) permite que o governo exija a correção ou remoção de informações consideradas falsas. Na França, a lei sobre a manipulação da informação visa combater a disseminação de notícias falsas durante períodos eleitorais.

Além da legislação, a verificação de fatos por organizações independentes e a autoregulação de plataformas digitais surgem como soluções complementares. Estas estratégias promovem a responsabilidade e a transparência, permitindo que a sociedade civil e as empresas de tecnologia desempenhem um papel ativo no combate à desinformação, sem necessidade de intervenção estatal direta.

A educação midiática também se destaca como uma ferramenta vital, capacitando os cidadãos a discernir entre informações confiáveis e falsas, fortalecendo assim a resiliência da sociedade diante da desinformação.

Confrontar as fake news, portanto, requer uma abordagem multifacetada que equilibre a proteção à liberdade de expressão com a promoção de um espaço público informado e confiável. A legislação pode oferecer um caminho, mas a solução definitiva reside na combinação de leis cuidadosamente elaboradas, práticas de autoregulação responsáveis e um público bem informado e crítico.

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João Ibaixe Jr. e Jonathan Hernandes Marcantonio são advogados

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